Hemorrágico ou isquêmico
SES-TO alerta para os tipos, sintomas e prevenção contra o AVC; confira os fatores de risco
O socorro imediato é fundamental para evitar sequelas no paciente
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, o que pode resultar em danos graves às funções neurológicas. É a causa mais frequente de óbito na população adulta no Brasil e uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo. No Dia Mundial do AVC, lembrado na terça-feira, 29 de outubro, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) alerta a população para saber identificar os sinais da doença e buscar cuidados médicos de emergência.
Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo este último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos. O AVC isquêmico ocorre quando há o entupimento de pequenas e grandes artérias cerebrais. Esse bloqueio pode ser causado por uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais).
Já o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento dos vasos sanguíneos, provocando hemorragia. Esse subtipo de AVC também pode acontecer pelo entupimento de artérias cerebrais e é mais grave e tem altos índices de mortalidade. Porém, cerca de 30% dos AVCs permanecem sem uma origem definida mesmo após extensa investigação.
O AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa. Sendo assim, é primordial a identificação dos sinais de alerta, para reconhecimento de ocorrência de um AVC.
Segundo o médico neurologista do HGP, Marcelo Cabral, “é de extrema importância que o socorro seja feito de forma imediata para que a intervenção médica ocorra a fim de ampliar as chances de sobrevivência e reduzir as sequelas que podem ocorrer no paciente. O tratamento inicial consiste na diminuição do trombo (obstrução) com medicamentos. Após as medidas imediatas, o tratamento também consiste na reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, conforme necessidade clínica”, explicou.
Sintomas e sinais
Dentre os principais sinais de alerta estão: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Fatores de risco
Algumas condições ou rotina das pessoas podem contar como fatores de riscos para o AVC, são: hipertensão; diabetes; tabagismo; consumo frequente de álcool e drogas; estresse; colesterol elevado; doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias; sedentarismo; doenças do sangue.
O neurologista ressalta também que existem fatores que podem facilitar o desencadeamento de um AVC, e que esses indivíduos devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes. “São casos de pessoas com mais de 55 anos, características genéticas e histórico familiar de doenças cardiovasculares”, disse Marcelo Cabral.
HGP
O Hospital Geral de Palmas (HGP), se tornou referência em atendimento a usuários desta patologia. O hospital dispõe da Unidade de Cuidados Agudos do AVC (U-AVC) com uma equipe multidisciplinar treinada para melhor atender o paciente e prestar assistência contínua ininterrupta (24 horas). O espaço foi criado em 2016 e realiza procedimento com o uso de trombolítico, conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
De janeiro a outubro de 2024, foram acolhidos 250 pacientes na unidade. Dessas internações, 208 foram Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e 42 Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH). Na unidade, também foram realizadas 55 trombólises (procedimento que utiliza medicação para dissolver um coágulo).
(Da secom SES-TO)
(Foto: Reprodução internet)