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Veja como prevenir

Paciente diagnosticado com raiva humana morre após 20 dias internado; ele era morador da zona rural de Alvorada

Homem de 50 anos morava na zona rural de Alvorada, no sul do Tocantins. Governo do estado reforçou imunização contra raiva no município

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O paciente diagnosticado com raiva humana, que estava sendo tratado no Hospital Regional de Gurupi (HRG), morreu após passar 20 dias internado. O homem de 50 anos era morador da zona rural de Alvorada, no sul do Tocantins.

A morte de Gilmar Sampaio da Silva aconteceu na noite de domingo, 10, e foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES). O paciente estava sob suspeita da doença desde o dia 22 de outubro.

A confirmação do diagnóstico se deu no dia 30, após o Instituto Pasteur, localizado em São Paulo, confirmar a infecção do paciente pela variante AgV 3, transmitida por morcegos. Este é o único caso de raiva confirmado no Tocantins neste ano. O caso anterior aconteceu em 2017.

Conforme a SES, o tratamento de Gilmar seguiu todos os protocolos pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que enviou medicação especial para o HRG.

A equipe médica do hospital estava sendo assessorada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – CDC), em Atlanta, na Geórgia (EUA).

A SES informou que as investigações do caso seguiram as vertentes humana e animal desde o dia 23 de outubro, quando foi notificada da suspeita do caso. O trabalho foi feito em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), órgão responsável por investigar os reservatórios da doença.

O governo estadual reforçou a imunização do município após a descoberta do caso. Equipes técnicas da Adapec estiveram em Alvorada na sexta-feira, 8, e nesta segunda-feira, 11, avaliando os riscos de contaminação. Um relatório será divulgado posteriormente à população assim que for finalizado.

Transmissão, sintomas e riscos

De acordo com o Ministério da Saúde, a raiva é uma infecção causada por um vírus e transmitida a partir da saliva de animais infectados. Geralmente, ocorre após a mordedura de morcegos – como foi o caso do paciente de Alvorada – e de cães e gatos.

Prevenção

Para evitar a contaminação, é preciso receber a vacina contra a raiva. O imunizante é aplicado em humanos e, também, nos animais domésticos.

Anualmente, o governo faz campanha de vacinação antirrábica. A aplicação das doses em cães e gatos evitam a infecção de animais domésticos e prováveis transmissões para humanos.

Sintomas

A doença pode não apresentar sintomas durante um intervalo de tempo. Segundo o Ministério da Saúde, é comum que o período de incubação em humanos alcance 45 dias. Mas o tempo pode mudar de acordo com diferentes fatores. Entre eles, a parte do corpo e a profundidade da mordida; e se a vítima for criança – quando a doença se desenvolve mais rapidamente.

O virus provoca:

  • mal-estar geral;
  • pequeno aumento de temperatura;
  • perda de apetite;
  • dor de cabeça;
  • náuseas;
  • dor de garganta;
  • fraqueza;
  • irritabilidade;
  • inquietude;
  • sensação de angústia.

Os sinais podem permanecer de2 a 10 dias após o período de incubação.

Em quadros mais graves, a pessoa pode desenvolver ansiedade, hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários e generalizados, além de convulsões. Nesses casos, a doença pode levar à morte em até uma semana. A doença é quase sempre fatal.

(Com informações do G1 Tocantins)

(Foto: André Araújo/Governo do Tocantins)

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