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ARAGUAÍNA

Quase mil contêineres de lixo passaram por manutenção em 2025 e 70% dos casos são de mau uso

Descarte irregular de entulhos e galhadas são os problemas mais recorrentes. Ao todo, já foram mais de 1.500 reparos e 15 lixeiras queimadas apenas neste ano

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No início de 2024, a Prefeitura implantou 1.200 contêineres de lixo em pontos estratégicos de Araguaína, com o objetivo de manter a cidade mais limpa e organizada, estimulando hábitos corretos de descarte de resíduos.

Os equipamentos foram distribuídos em praças, avenidas, ruas residenciais e locais com grande movimentação de pessoas, para facilitar a coleta e melhorar o ambiente urbano.

Apesar da boa adesão da maioria da população, o serviço vem enfrentando um problema crescente com o mau uso e o vandalismo. Somente em 2025, 984 lixeiras passaram por manutenção, algumas mais de uma vez, totalizando 1.538 reparos.

Sete em cada dez dessas manutenções foram provocadas por depredação ou uso incorreto. Além disso, 15 contêineres foram queimados, sendo sete somente no mês de setembro e um novo caso já registrado em outubro.

“Os contêineres foram implantados para melhorar o serviço de limpeza e oferecer mais comodidade à população. Infelizmente, a grande quantidade de vandalismo que temos percebido está causando prejuízos, e a empresa responsável não está conseguindo repor as unidades danificadas. Com isso, parte da população acaba ficando desassistida. Esse é um serviço que deveria ser um complemento para os moradores, mas não conseguimos manter, porque muitas pessoas ainda não utilizam o equipamento corretamente”, explica Frederico Prado, secretário da Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano.

Casos de vandalismo, furto ou movimentação indevida dos contêineres podem ser denunciados pelo WhatsApp (63) 3412-5572 ou pelo telefone 153, da Guarda Municipal.

Coleta regular continua sendo o sistema principal

Os contêineres são um complemento à coleta regular feita pelos caminhões, que continua sendo o principal sistema de recolhimento do lixo na cidade. A Prefeitura e a empresa Litucera acompanham semanalmente as rotas para garantir que todas as regiões sejam atendidas, ajustando trajetos e solucionando pontos de difícil acesso.

Uso correto dos contêineres

Cada contêiner tem capacidade para até mil litros de lixo, recebe coleta duas vezes por semana e deve ser utilizados apenas para o descarte de resíduos domésticos, como restos de alimentos, papel, plástico, embalagens de produtos de limpeza e higiene pessoal.

O descarte incorreto de materiais como entulho, óleo, eletrônicos e resíduos hospitalares danifica os equipamentos, atrasa o serviço e aumenta o risco de contaminação e alagamentos.

Não devem ser descartados entulhos de construção, materiais hospitalares, graxas, filtros de óleo, solventes, resíduos industriais, eletrônicos, pilhas, baterias, remédios ou qualquer outro tipo de material que possa causar contaminação.

De acordo com Rayssa Stefane, engenheira civil do município, é necessário que haja conscientização por parte da população. “O uso correto dos contêineres é fundamental para o gerenciamento adequado dos resíduos e para preservação do meio ambiente. O descarte inadequado de materiais como entulhos e galhadas tornou-se um problema recorrente, o que muitas vezes impossibilita o retorno dos contêineres após manutenção ou substituição, nos casos mais extremos. Por isso, é de suma importância a conscientização de todos os que utilizam o serviço”, afirma.

Remanejamento e manutenção

Por contrato, a Litucera mantém 1.200 contêineres em uso na cidade e algumas unidades extras para eventos e ações pontuais. Com o aumento de danos e incêndios, a substituição tem se tornado mais difícil, exigindo o remanejamento entre áreas com menor utilização e locais com maior demanda.

A Prefeitura reforça o pedido para que a população utilize os equipamentos de forma correta e colabore com a conservação dos espaços públicos. O uso responsável dos contêineres é essencial para manter a limpeza urbana e garantir a continuidade do serviço.

(Da secom da Prefeitura de Araguaína)

(Foto: Marcos Filho Sandes /Secom Araguaína)

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