altas temperatura
Calor segue sem trégua em muitas regiões do estado, exigindo atenção redobrada com saúde, energia e riscos ambientais
Com temperaturas até 5 °C acima da média, o Tocantins vive momento de exceção climática — entenda as causas, impactos e cuidados necessários

O Tocantins atravessa uma onda de calor intensa, com máximas próximas ou superiores a 40 °C em várias cidades, umidade relativa do ar muito baixa e sensação térmica ainda mais elevada. A combinação de falta de chuva, alta pressão atmosférica persistente e fatores meteorológicos ampliados pelo aquecimento global contribui para esse cenário extremo.
O que está acontecendo
Já foram registradas temperaturas acima dos 39 °C em cidades como Palmas, Porto Nacional e Pedro Afonso, confirmando recordes de calor para o estado.
A previsão aponta picos de até 42-44 °C em algumas regiões, com baixa umidade do ar — podendo ficar abaixo de 30 %.
A umidade baixa agrava a sensação de calor, aumenta o risco de desidratação, insolação e acelera a secagem do solo.
Por que o calor está tão intenso
- Alta pressão atmosférica e bloqueio de frentes frias
Um sistema de alta pressão atua sobre a região, impedindo a formação de nuvens e bloqueando a entrada de correntes de ar mais fresco. Esse fenômeno é conhecido como “domo de calor”.
Esse bloqueio também dificulta a chegada de frentes frias ou sistemas de umidade que poderiam amenizar as temperaturas.
- Seca prolongada e falta de nuvens
A estiagem prolongada reduz a umidade do solo e a transpiração da vegetação, diminuindo a capacidade natural de resfriamento.
A ausência de nuvens permite maior incidência de radiação solar ao longo do dia, aquecendo ainda mais o solo e o ar.
- Mudanças climáticas e maior frequência de extremos
Eventos de calor extremo se tornaram mais frequentes e intensos devido ao aquecimento global, que eleva a variabilidade climática e favorece a formação de massas de ar mais quentes e secas.
O Tocantins, localizado no Cerrado, é particularmente vulnerável, pois enfrenta longos períodos de seca todos os anos.
Impactos para a população e o ambiente
Saúde: aumento dos casos de desidratação, insolação, mal-estar térmico e agravamento de problemas cardíacos ou respiratórios.
Energia: maior demanda por aparelhos de refrigeração, podendo gerar sobrecarga na rede elétrica.
Meio ambiente: a baixa umidade favorece focos de incêndios em vegetação e queimadas em áreas de cerrado.
Atividades diárias: transporte, trabalhos ao ar livre e rotina em geral se tornam mais desgastantes e perigosos.
O que pode ser feito
Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h e buscar ambientes climatizados.
Manter hidratação constante, mesmo sem sede, dando atenção especial a crianças e idosos.
Usar roupas leves, claras, chapéus, óculos escuros e protetor solar.
Usar aparelhos de refrigeração com consciência, mantendo temperaturas estáveis e reduzindo o consumo de energia.
Procurar assistência médica em casos de tontura, náusea, dor de cabeça ou mal-estar.
Perspectiva
Ainda não há previsão de chuvas significativas para aliviar o calor em muitas regiões do Tocantins, o que pode prolongar esse período de estresse térmico. Meteorologistas alertam que as altas temperaturas devem persistir nos próximos dias, até que um sistema de umidade consiga romper o bloqueio atmosférico.
Essa onda de calor reforça a necessidade de adaptação da população e investimentos em políticas que ajudem a mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos.
(Da Redação)
