Diz DNIT
Caminhões e carros que ficaram no fundo do Rio Tocantins após queda de ponte devem ser retirados em abril
Entre os veículos, há dois caminhões com 76 toneladas de ácido sulfúrico e um com 22 mil litros de defensivos agrícolas. Remoção está dentro do cronograma de entrega da nova ponte, segundo o DNIT

Os veículos submersos no Rio Tocantins desde o desabamento da Ponte JK, na BR-226, serão retirados na segunda quinzena de abril, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Três caminhões que transportavam ácido sulfúrico e defensivos agrícolas estão entre os destroços.
A ponte Juscelino Kubitschek, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), caiu em dezembro de 2024 após o vão central da estrutura ceder. Um homem sobreviveu, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas.
Dez veículos, entre carros, motos, caminhonetes e caminhões caíram no rio Tocantins. Dois dos caminhões carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Segundo o DNIT, a data prevista para a remoção dos veículos foi selecionada considerando a diminuição das chuvas na região e a redução do nível das águas. O departamento afirma que a etapa segue o cronograma de ações para a entrega da nova ponte ainda em 2025.
O DNIT informou que a remoção dos destroços foi finalizada e após a demolição do que sobrou da Ponte JK, as equipes deram início às escavações mecanizadas para implantação das fundações dos apoios da nova estrutura do lado do município de Estreito.
Em janeiro desde ano o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que os tanques com ácido sulfúrico no leito do rio apresentaram um pequeno vazamento. Mas a carga derramada teria sido diluída na água e não apresentava grandes preocupações.
Na época, o Ministério da Saúde informou não haver indícios de contaminação da água. Mas o risco de dano ambiental só será totalmente eliminado após a retirada dos tanques. A pasta publicou uma série de recomendações à população e agentes de saúde em caso de contaminação do rio.
Rotas alternativas sobrecarregadas
As rodovias que viraram rotas alternativas estão sofrendo com o grande trânsito de veículos, principalmente os pesados. Moradores e caminhoneiros que passam por Axixá, São Miguel, Sítio Novo e Tocantinópolis reclamam dos problemas causados pelo aumento do movimento. Na vias o asfalto cedeu em menos de um mês.
Questionado sobre as situações das rodovias no norte do Tocantins, o DNIT afirmou que desenvolve ações necessárias para minimizar os impactos aos usuários, inclusive nas rodovias estaduais, por meio de contratações emergenciais e licitações.
Em março, o órgão informou que houve a contratação emergencial para recuperação de um trecho de 82,2 quilômetros na TO-134, do km 26,3 ao 73,3 (47 quilômetros), e na TO-201, do km 0 ao km 35,2. O início das manutenções será em junho de 2025.
Íntegra da nota do DNIT
O DNIT informa que a obra de reconstrução da nova ponte sobre o Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), na BR-226/MA/TO, segue o cronograma previsto, para entrega no final deste ano.
A autarquia esclarece que a remoção dos destroços foi finalizada e a retirada dos veículos e cargas submersos está prevista para a segunda quinzena de abril, quando diminui as chuvas na região e uma redução do nível das águas do Rio Tocantins é prevista. A topografia da região influencia na vazão e interfere diretamente na execução dos trabalhos de retirada dos veículos.
Após a demolição mecanizada dos detritos remanescentes da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira e remoção dos destros, as equipes deram início às escavações mecanizadas para implantação das fundações dos apoios do lado do município de Estreito e continuam com os serviços de implantação do canteiro de obras e mobilizações de equipamento e pessoal. As sapatas de fundação serão concretadas in loco e na sequência serão executados os pilares.
(Com informações do G1 Tocantins)
(Foto: Divulgação)
