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Desde 1º de agosto

Estudante desaparece e família acredita que ele foi levado por policiais à paisana em carro

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Há mais de um mês a família de Felipe Coelho Siqueira, de 21 anos, não tem notícias sobre o paradeiro dele. O jovem desapareceu em Paraíso do Tocantins, após ser levado para dentro de um carro por dois homens. A família suspeita que ele tenha sido sequestrado por policiais.

O desaparecimento foi no dia 1º de agosto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o Felipe Coelho estava andando por uma rua e foi abordado. Primeiro ele foi levado para o muro de uma casa e depois e colocado dentro de um carro.

A Polícia Civil e o Ministério Público informaram que estão investigando o caso. O Tribunal de Justiça afirmou que o caso está em sigilo. A Polícia Militar disse que não recebeu denúncia sobre o fato, confia em seus operadores e não compactua com desvios de conduta.

Segundo a família, Felipe Coelho trabalhava como ajudante de pedreiro durante o dia e estudava o último ano do ensino fundamental no período noturno. No momento em que desapareceu, ele estaria voltando do serviço para almoçar.

Segundo testemunhas, após o suposto sequestro o veículo seguiu em direção à estrada de fazendas na zona rural de Paraíso. Esta foi a última vez que o jovem foi visto.

“A gente decidiu pegar foto dele, fazer um anúncio e postar nos grupos para ver se alguém sabia. Na quarta à noite, devido a postagem rodar nos grupos, teve uma pessoa que me ligou perguntando se meu irmão tinha aparecido. Eu falei: não, ele não apareceu ainda. Ele disse, pois é eu vi teu irmão sendo abordado por duas pessoas e quem pegou teu irmão foram policiais”, disse Alef Siqueira.

A família afirma que Felipe não tem nenhuma passagem pela polícia, mas era abordado com frequência pela polícia.

“Dava baculejo, procurava se meu irmão estava com alguma droga, se tinha alguma coisa errada. Tirava foto do meu irmão, que às vezes ele estava sem documento, para saber se tinha passagem ou alguma coisa. Via que não tinha passagem e liberava meu irmão. Se me abordar quatro vezes, ver que eu não estou com nada porque continuar me abordando ainda? […] Só porque usa um short de lona uma aba reta, uma pulseira. Vai julgar? Isso é abuso de poder “, desabafou.

O caso está sendo investigado pela Policia Civil de Paraíso do Tocantins. A TV Anhanguera apurou que a Justiça comum declinou da competência de analisar o caso e enviou para a Justiça Militar.

Para avó do Felipe, a dor aumenta a cada dia sem respostas. “Como que ele pode estar uma hora dessas. Não sei se está com vida, não sei se está jogado em algum lugar. A preocupação é grande para uma avó”, disse Eva Siqueira.

“Só sei que pegaram meu irmão e sumiu. Fizeram o que com meu irmão? Vai ficar frequente as policias abordar qualquer um e levar?”, disse Alef.

O que diz a Secretaria de Segurança Pública, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público:

Nota da PM
“Em resposta à solicitação deste veículo de comunicação, a Polícia Militar do Tocantins esclarece que não houve registro/denúncia acerca do fato mencionado junto ao 8º BPM, sediado no município de Paraíso do Tocantins.

A Polícia Militar reforça sua confiança em seus operadores e declara não compactuar com qualquer tipo de desvio de conduta ou cometimento de crime por parte de seus policiais.
Esclarecemos ainda que a Instituição coloca-se à disposição das autoridades competentes para colaborar integralmente com as investigações”

Nota da SSP
“A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins esclarece que desde o registro da ocorrência de desaparecimento do jovem Felipe Coelho Siqueira, de 21 anos, as equipes da Polícia Civil de Paraíso do Tocantins não têm medido esforços no sentido de identificar os autores que sequestraram o rapaz, bem como de encontrá-lo. Diligências têm sido realizadas diuturnamente, inclusive na zona rural da cidade para tentar localizar o paradeiro.

A Polícia Civil instaurou inquérito policial e realizou várias diligências investigativas, coletando todos os vestígios e elementos de informação referentes ao caso. Desde o dia 17 de agosto, a Polícia Civil aguarda a apreciação do Poder Judiciário acerca das demandas das investigações, que correm em sigilo.

Por fim, destaca-se que o vazamento de informações relativas ao caso, pode prejudicar o andamento do inquérito policial e da coleta de novas provas”

Nota do Tribunal de Justiça
“Este processo está em segredo de Justiça. Qualquer divulgação pode prejudicar o andamento das investigações”

Nota do Ministério Público
“O Ministério Público do Tocantins informa que recebeu a denúncia e que está realizando diligências para apurar o caso”
(Com informações do G1 Tocantins)
(Foto: Arquivo pessoal)

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