Adriel Sandes
Karateca araguainense ganha campeonato em SP e diz “quero chegar nas olimpíadas e inspirar outras pessoas”
Foi amor à primeira vista. Em uma aula experimental de karatê, a arte marcial japonesa, em que Adriel Sandes Américo, 16 anos, se encontrou. Com uma emoção até então não conhecida, ele aprende todas às vezes em que está no tatame, a se autodefender, desenvolver força, adquirir velocidade e ter coordenação motora.
Ele contou como se apaixonou pelo karatê. “Eu resolvi praticar um esporte. Certo dia, fiz uma aula experimental de capoeira e karatê e, de cara, me identifiquei com o karatê. Não tive dúvidas e, imediatamente, fiz a matrícula. Comecei a fazer as aulas e o interesse pela luta foi só aumentando”, contou.
Quando não está nos treinos, dando os gritos especiais próprios dos karatecas, Adriel é um jovem que busca qualificação. Atualmente, ele cursa o 2º ano do ensino médio, no colégio pré-universitário, em Araguaína.
Reconhecimento
Adriel revelou ainda como este esporte olímpico o fez ser conhecido. “Com duas semanas de treino no Karatê, eu fui convocado para a Taça Araguaína e ganhei uma medalha depois de muitos treinos e esforço. Em seguida, fui convocado para o Campeonato Brasileiro de Karatê em São Paulo, no qual me apresentei na modalidade de Katar. Eu ganhei a medalha de ouro e na luta, por equipe, ganhei a medalha de bronze”, disse.
Nova convocação
“Depois de muita dedicação, fui convocado para participar do 30° Troféu Brasil de Karatê Interestilos realizado nos dias 20 e 21 de maio, em São Paulo. Com concentração máxima em cada movimento, ganhei a medalha de ouro na modalidade de Katar e a de bronze na luta individual”, contou o Karateca, revelando que suas referências nesse tipo de luta são: Alexsan Parotivo Sensei e o medalhista de faixa preta Augusto Touguinha.
Cores de faixas
Adriel contou que já recebeu duas faixas. “A primeira foi a de cor branca. Essa cor recebemos quando entramos no karatê. Depois de dois meses de treinos, fiz o exame de troca e recebi a amarela”, disse.
O karateca contou que a próxima cor é a vermelha, mas, para fazer a troca e as vindouras, ele optou ficar dois anos em treino entre cada uma, para poder amarrá-las no seu kimono. “É tempo considerável para que adquira mais segurança na luta”, explicou.
Sonho
Ele revelou o sonho que tem com a prática do esporte. “Eu pretendo ser conhecido mundialmente, chegar nas Olimpíadas, colecionar medalhas em
modalidades e inspirar outras pessoas que sonham em entrar no tatame”, disse.
Próxima competição
O karateca adiantou a realização das próximas competições. “Em junho, será realizado o JETS (Jogos Estudantis) e, sem sombra de dúvida, irei
participar. Em setembro, vai acontecer outro campeonato brasileiro de karatê em São Paulo e também estarei presente”, contou, bastante
animado antes de entrar no tatame e ecoar o Kiai, o conhecido grito dos Karatecas.
Projeto social
Adriel contou que, quando começar a lutar profissionalmente, pretende desenvolver um projeto social. “Pretendo abrir um espaço para que eu possa ensinar crianças e adolescentes carentes a praticarem esse esporte. O karatê foi o esporte que me ajudou muito no meu amadurecimento. Da mesma forma, quero ajudar crianças e adolescentes a se encontrarem em um esporte como eu me encontrei”, enfatizou.
Incentivadora
Dalila Sandes, mãe do karateca, contou que incentiva o filho e que sente medo quando Adriel está lutando. “Sim, sou sua maior motivadora, mas sempre fico apreensiva quando ele vai para o tatame. O coração acelera com medo de algum golpe do adversário”, confidenciou.
Assista uma apresentação de Adriel
(Da Redação)
(Fotos: arquivo pessoal)