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Caso Atanel Nazaro

Mãe de jovem morto a facadas em bar pede justiça após prisão de suspeita: ‘Meu coração está partido’

O crime aconteceu em junho e a suspeita foi presa na última sexta-feira, 12. Atanel Nazaro Ribeiro tinha 18 anos e morava com a mãe, em Buritirana, distrito de Palmas

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A família de Atanel Nazaro Ribeiro, jovem morto a facadas em bar, diz que espera que a justiça seja feita após a mulher suspeita do crime ser presa. O assassinato aconteceu em junho deste ano em Buritirana, distrito de Palmas. Os parentes suspeitam que tenha sido motivado por homofobia, mas a Polícia Civil ainda investiga as motivações do crime caso.

O G1 conversou com a Alderice Nazaro, mãe de Atanel. Segundo ela, desde a morte do filho não consegue mais ficar na casa onde morava com ele e precisou se mudar por um tempo. Para ela mãe nenhuma quer perder o filho.

“Eu quero falar como mãe. Quero que faça justiça, a dor é grande, mãe nenhuma quer perder o filho. Meu coração está partido. Eu não aguentei mais ficar na casa porque tudo me lembra ele na casa. Ele gostava das plantas, gostava de mexer com horta, com as galinhas dele. Aí eu não estava mais aguentando que em todo lugar da casa eu estava vendo ele”, disse emocionada.

As ameaças feitas à vítima, segundo Alderice, começaram no ano passado. Há alguns meses a suspeita chegou a agredir Atanel. Na época foi feito boletim de ocorrência da agressão, mas as ameaças continuaram.

“Ele já vivia com medo, sabe? Ele andava sempre assim nos lugares, mas era já com medo dela, porque ela procurava ficar ‘berando’ ele, estar no lugar que ele estava”, contou.

O G1 entrou em contato com o advogado de Angelita Rodrigues dos Santos, que é suspeita do crime, que informou ainda aguardar acesso aos autos para se manifestar sobre o caso. Segundo a defesa, a mulher já prestou duas declarações ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

Quanto às alegações de suposta motivação homofóbica, a defesa esclarece que Angelita nega veementemente qualquer motivação nesse sentido. Conforme o advogado, durante o processo será demonstrado que as informações apresentadas não correspondem à realidade.

Alderice também conta que por causa das ameaças, Atanel começou a passar mais tempo com ela e a acompanhava em todos os lugares.

“De certo tempo para cá, ele caminhava muito comigo, até que a minha filha Klarinda falava ‘mãe agora ele não está largando a senhora, para onde a senhora vai ele vai’. De um mês para cá, ele quase não saía sozinho. O pessoal falava para ele tomar muito cuidado. Mas embora ele por ser uma criança, um jovem, ele não pressentia. As vezes ele pensava que ela não teria coragem de fazer isso com ele”, disse.

Relembre o caso

O crime aconteceu na noite do dia 22 de junho, em um bar localizado no distrito de Buritirana. Os policiais confirmaram que o rapaz foi atingido por um objeto perfurante.

De acordo com Klarinda Nazaro, irmã de Atanel, a mulher não tinha qualquer relação com o jovem e era apenas conhecida da família. Há cerca de seis meses teria acontecido um desentendimento entre os dois, com xingamentos homofóbicos e ela esfaqueou o rapaz.

Angelita Rodrigues dos Santos, de 45 anos, suspeita de matar o jovem foi presa na tarde de sexta-feira, 12. A prisão aconteceu em uma região de chácara na TO-010, sentido Lajeado.

O delegado responsável pelo caso, Guilherme Torres, informou que ainda não há informações sobre o que teria motivado o crime. O caso continua sendo investigado.

Suspeita de homofobia

Atanel tinha apenas 18 anos e morava com a mãe no distrito de Buritirana. Para família, o assassinato foi causado porque Angelita não aceitava que a vítima era homossexual e a perseguia. Por esse mesmo motivo, conforme a mãe, a suspeita jogou uma garrafa no jovem durante uma discussão.

“Um dia ele estava na casa da vizinha, ela [Angelita] discutiu com a vizinha e ela arremessou uma garrafa nele e falou ‘vocês está aí né, seu viadinho’. Ela sempre implicou com ele, ela botou isso na cabeça. Ele era gay, mas era um assunto dele. Não dela, que não tinha nada a ver com a vida dele. Um dia eu falei para ela ‘a vida do meu filho é dele, não é sua, você cuida da vida dos seus filhos e larga a vida do meu filho de mão'”, contou.

O caso é investigado pela 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Palmas).

(Com informações do G1 Tocantins)

(Foto: Arquivo pessoal)

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