Prometeu continuidade… entregou exoneração: Velozo começa o mandato trocando as peças do próprio tabuleiro

Se você piscou, perdeu: o tão falado discurso de “continuidade administrativa” em Palmas durou menos do que feriado prolongado. Mal assumiu o comando da capital, o prefeito interino Pastor Carlos Velozo (Agir) decidiu mostrar serviço — e o “serviço” começou pela exoneração dos dois homens de confiança do prefeito afastado Eduardo Siqueira Campos (Podemos).

Caíram da cadeira o secretário-chefe do Gabinete, Carlos Júnior, e o procurador-geral do município, Renato Oliveira. Isso mesmo: os mesmos que estavam lá até ontem, prestigiados, posando para fotos e, claro, acreditando no famoso “ninguém será mexido”. Parece que a promessa de estabilidade não resistiu nem ao primeiro café da manhã oficial.

Na segunda-feira, Velozo reuniu o secretariado e jurou de pés juntos: “Não existe insegurança, não existe rompimento, existe continuidade”. Já na terça, o Diário Oficial começou a escrever outra história. O roteiro político da capital, que já estava digno de novela mexicana, ganhou novos capítulos recheados de intriga e reviravolta.

Nos bastidores, a desculpa oficial para as exonerações é que o partido Agir pediu mais espaço no governo. O público, claro, já sabe: quando o partido pede, o aliado dança. E dança feio.

Carlos Júnior, um dos exonerados da vez e considerado peça-chave na articulação política de Eduardo Siqueira, fez questão de deixar o recado público: chamou a decisão de “estranha” e jogou lenha na fogueira dizendo que a aliança vitoriosa já mostra sinais de desgaste. Para ele, o mais importante agora é lutar pela liberdade de Eduardo, preso desde a última sexta-feira (27).

Enquanto a briga rola nos bastidores, Carlos Velozo tenta manter o semblante tranquilo, inaugurando telas de proteção na Praia do Caju. Mas vamos combinar: ninguém estava olhando para as telas. Todo mundo queria mesmo era ver os bastidores da exoneração relâmpago.

O clima político em Palmas segue digno de reality show. As próximas cenas prometem, afinal, quem disse que o tal “fogo amigo” não queima?

(Por: Redação)