Crime foi em novembro de 2023
Quatro réus são condenados por homicídio qualificado em Júri que durou 18 horas em Miracema do Tocantins
Somadas, as penas ultrapassam 55 anos de prisão
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve a condenação dos quatro réus acusados de envolvimento na morte de Alan Rodrigues Barros, ocorrida em novembro de 2023, em Miracema do Tocantins. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca no dia 12 de dezembro de 2025, após uma sessão plenária que durou cerca de 18 horas.
O promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse, integrante do Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri) do MPTO, representou a acusação no plenário.
Penas
– Magilla Fernandes Pereira foi condenada a 13 anos e quatro meses de reclusão
– Alessandro Ribeiro Reis a 14 anos de reclusão
– Lucas Vinicius Alves de Melo a 11 anos e oito meses de reclusão, e,
– Carlos Augusto Alves da Costa a 16 anos de reclusão.
Todos os réus deverão iniciar o cumprimento de suas penas em regime inicialmente fechado.
O Conselho de Sentença acatou as teses do Ministério Público e reconheceu a materialidade e a autoria do crime para todos os quatro réus.
Magilla Fernandes Pereira e Lucas Vinicius Alves de Melo foram condenados por homicídio privilegiado/qualificado, com o reconhecimento da qualificadora de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima (emboscada). O júri também reconheceu o homicídio privilegiado pela violenta emoção logo após injusta provocação da vítima.
Alessandro Ribeiro Reis foi condenado por homicídio qualificado, com o acatamento das qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima (emboscada).
Carlos Augusto Alves da Costa foi condenado por homicídio qualificado, sendo reconhecida a qualificadora de motivo fútil.
As defesas dos réus Lucas Vinicius Alves de Melo e Carlos Augusto Alves da Costa haviam sustentado subsidiariamente a tese de participação de menor importância, mas esta não foi acatada pelos jurados.
Alessandro e Carlos Augusto respondem processo na Justiça também por organização criminosa e tráfico de drogas.
O crime
Conforme a denúncia do MPTO, o crime ocorreu no dia 16 de novembro de 2023, por volta das 22 horas, na Avenida Amaury Nolasco, em Miracema do Tocantins. O inquérito policial apontou que o homicídio foi motivado por uma dívida envolvendo jogos de azar online. Alan Rodrigues Barros havia ganhado dinheiro em uma plataforma de jogos (Jogo do Tigre), e Magilla Fernandes Pereira emprestou sua conta bancária para o depósito, mas, em seguida, se apossou do valor.
Os acusados agiram em comunhão de vontades. Magilla e Lucas Vinicius tiveram o crime reconhecido como homicídio privilegiado devido à violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, que teria proferido ameaças a Magilla e seus familiares.
A Justiça determinou que os condenados Magilla Fernandes Pereira, Alessandro Ribeiro Reis, Lucas Vinicius Alves de Melo e Carlos Augusto Alves da Costa sejam mantidos presos, negando a eles o direito de recorrer em liberdade, visto que permaneceram custodiados durante todo o processo.
O crime foi cometido com a participação de todos os réus, sendo Magilla e Lucas Vinicius condenados como coautores no homicídio privilegiado/qualificado, Alessandro Ribeiro Reis por homicídio qualificado e Carlos Augusto Alves da Costa também por homicídio qualificado.
(Da ascom do MPTO)
(Foto: Divulgação)