Comércio e Economia
Reajuste do ICMS em vários estados deve impactar diretamente o bolso dos brasileiros a partir de 2026
Estados elevam alíquotas do imposto para recompor receitas, mas medida deve aumentar preços de gasolina, diesel e etanol, pressionando a inflação nacional

A partir de 2026, os brasileiros vão enfrentar novos desafios no orçamento familiar: a alta do ICMS, imposto que incide sobre o consumo, vai atingir em cheio o setor de combustíveis. A decisão, já confirmada em diversos estados, ocorre em um cenário de busca por maior arrecadação, após sucessivos ajustes fiscais e quedas de receita registradas nos últimos anos.
Com o aumento, gasolina, etanol e diesel terão reajuste imediato nas bombas. Como o transporte rodoviário é a base da logística nacional, a elevação não se limita ao abastecimento: produtos, alimentos e serviços também deverão ficar mais caros, criando uma pressão inflacionária sobre toda a cadeia produtiva.
Por que o ICMS vai subir em 2026?
Reforço de caixa: Governos estaduais alegam necessidade de recompor perdas de arrecadação provocadas por medidas de desoneração adotadas em 2022.
Uniformização nacional: O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) articulou a elevação coletiva, de forma a evitar disparidades competitivas entre os estados.
Pressão orçamentária: Saúde, educação e segurança pública são áreas que dependem diretamente dos recursos do ICMS, o que aumenta a justificativa para o reajuste.
Efeitos esperados para a população
No abastecimento: gasolina e etanol ficarão mais caros para motoristas, motociclistas e empresas.
No transporte coletivo: aumento de custos operacionais pode levar a reajustes nas tarifas urbanas e interestaduais.
No frete e comércio: com o diesel mais caro, haverá impacto sobre o transporte de mercadorias, encarecendo alimentos, produtos básicos e bens de consumo.
Na inflação: especialistas já projetam pressão adicional no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), exigindo cautela do Banco Central na condução da política monetária.
O que esperar de 2026
O reajuste do ICMS coloca em evidência o dilema entre arrecadação e custo de vida. De um lado, os estados argumentam que precisam equilibrar as contas públicas; de outro, consumidores e setores produtivos alertam para os riscos de uma escalada inflacionária em um momento de lenta recuperação econômica.
A expectativa é de que, com a alta do imposto, os combustíveis voltem a ocupar o centro do debate político e econômico nacional, reacendendo discussões sobre reforma tributária, políticas de preços e alternativas energéticas.
(Da Redação)