Região do Barreiro
Tribunal do júri acolhe tese de advogados de defesa e absolve acusado de homicídio qualificado em Araguatins
O caso, que chocou a comunidade local em outubro de 2017, teve como desfecho o júri acatando as teses de defesa

Em uma sessão marcada por intensas discussões e reavaliação de provas, o tribunal do júri de Araguatins decidiu, por unanimidade, absolver Adão da Conceição de Morais, acusado de envolvimento na morte de Amarildo Dourado de Andrade. O caso, que chocou a comunidade local em outubro de 2017, teve como desfecho o júri acatando as teses de defesa.
Amarildo Dourado foi encontrado morto em uma cova rasa na região do Barreiro, zona rural de Araguatins, após ter sido brutalmente agredido na cabeça com um pedaço de madeira. Na época, as investigações da Polícia Civil, apontaram Adão da Conceição de Morais, vulgo Zói de
Gato, e José Antônio Mendes dos Santos, conhecido como Zé das Cobras, como os principais suspeitos do crime.
Foi imputado a Adão da Conceição os crimes de homicídio qualificado, furto qualificado e ocultação de cadáver. No entanto, durante o julgamento realizado nesta terça-feira, 27, a defesa, composta pelos advogados André Luiz de Sousa, Brunno Maurício Nunes Leal, Kaio Vinícius Cavalcante Rodrigues e Alisson Matheus do Amaral, do escritório Lopes Advogados e Associados, argumentou que não havia provas suficientes que ligassem Adão aos crimes.
Os defensores sustentaram a inexistência de autoria por parte do acusado, ressaltando que as evidências apresentadas pelo Ministério Público não eram conclusivas. Após as argumentações, os jurados acolheram as teses da defesa e, por unanimidade, decidiram pela absolvição total de Adão da Conceição de Morais.
“Primamos por resgatar a dignidade do réu, com a demonstração da presunção de inocência com o rigor e o respeito às garantias constitucionais, restando demonstrada que o mesmo não cometeu nenhum crime ora imputado pela acusação”, disse o advogado André Luiz de Sousa, em conversa com a imprensa após o fim do julgamento.
“O réu Adão da Conceição de Morais foi acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além do homicídio, ele foi acusado de ocultação de cadáver e de ter furtado a moto da vítima. A defesa apresentou a tese
defensiva e os jurados acataram e, por unanimidade, aceitaram as teses apresentadas para absolver o réu pelo crime de homicídio, do crime de ocultação de cadáver e do furto qualificado. O conselho de sentença formado por sete jurados inocentou o réu de todos crimes imputados a ele”, comemorou o advogado Brunno Maurício Nunes Leal.
O outro acusado, José Antônio Mendes dos Santos, conhecido como Zé das Cobras, morreu antes do julgamento.
(Da Redação)
(Foto: Divulgação)
