Violência e falta de estrutura expõem insegurança nas escolas públicas

Um cenário preocupante tem se tornado rotina em diversas escolas públicas do país: a insegurança. Seja pela violência, tráfico de drogas no entorno, falta de vigilância ou ausência de estrutura mínima, a realidade de muitos estudantes e profissionais da educação está longe de ser segura.

Segundo um levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 6 em cada 10 escolas públicas relataram problemas relacionados à segurança, como furtos, agressões físicas, ameaças e depredações.

Professores denunciam que em muitos casos não há sequer um vigilante durante o horário de aula. “Já presenciei brigas dentro da sala e situações de alunos armados com facas”, relatou uma professora que pediu para não ser identificada.

Além da violência, a falta de infraestrutura agrava o quadro. Em algumas unidades, os muros estão quebrados, portões não funcionam e faltam câmeras de monitoramento.

Para especialistas, a falta de investimentos contínuos em educação e segurança escolar contribui diretamente para a evasão escolar e o baixo desempenho dos alunos.

Pais e responsáveis também demonstram preocupação. “Eu deixo minha filha na escola e fico com o coração na mão. Não é normal ter medo de mandar seu filho estudar”, desabafou Ana Paula, moradora da zona norte de Araguaína.

O Ministério da Educação informou que programas como o Paz nas Escolas estão sendo estruturados, mas reconhece que o desafio é grande e demanda esforços conjuntos entre União, Estados e Municípios.

Enquanto isso, professores e alunos seguem enfrentando a difícil missão de manter o aprendizado em um ambiente onde, muitas vezes, o medo fala mais alto que o saber.

( Por: Rodrigo Magalhães)