Emboscada
Após prisão do principal suspeito de matar segurança de supermercado de Araguaína, família pede Justiça
Inês Ferreira de Carvalho, irmã de Emecidio Ferreira de Carvalho, de 42 anos, assassinado em uma emboscada em janeiro do ano passado, conversou com a equipe do Portal Araguaína e disse que a família quer justiça, que a justiça seja feita e que o principal suspeito do latrocínio, José Maria Bento de Matos, preso nesta quarta-feira, 21, pague pelo que fez.
“Ele matou meu irmão. Queremos que o assassino do meu irmão não fique impune, que seja preso por tempo indeterminado. Ele não pode sair tão cedo da cadeia. Ele é um fabricante de armas e altamente perigoso. Se um cara desse fugir ou for liberado logo, vai fazer mais tragédia com outras famílias. O que eu passei e estou passando, não desejo para ninguém”, desabafou.
Visivelmente emocionada ela acrescentou: “Nossa família tem sofrido muito. Tivemos diversas vezes na delegacia pedindo para o delegado a agentes da Policia Civil para que agilizassem a situação e que esse homem fosse preso logo. Dói muito. Tudo que nós queremos é justiça.
Ele destruiu a nossa família”, enfatizou.
Inês lembrou aquele fatídico dia do crime. “No dia 10 de janeiro de 2023, meu irmão, que era segurança do Supermercado Campelo, em Araguaína, estava indo para a nossa chácara, localizada na zona rural de Babaçulândia, quando o suspeito, em uma emboscada, matou meu irmão covardemente na estrada. No mesmo dia em que ele matou o meu irmão, ele (o suspeito) se mudou da casa onde morava com a esposa e os três filhos. Ele deixou para trás cachorro, gato, galinha e até as roupas que estavam no varal. Ele deixou tudo e fugiu”, contou.
O crime chocou a população de Araguaína. “O assassino matou meu irmão para roubar a quantia de cinco mil reais e um revólver calibre 38”, contou Inês.
Prisão
José Maria Bento de Matos foi preso nesta quarta-feira, 21, na cidade de Eldorado do Carajás (PA); ele é investigado pela prática de homicídio seguido de roubo em Babaçulândia.
Conduzido à delegacia de Eldorado do Carajás, durante o interrogatório, ele confessou o brutal crime e disse que trocou a arma da vítima por uma motocicleta. “Mesmo assim, durante as diligências, conseguimos localizar a arma. Ele contou que houve um desentendimento lá na chácara. Segundo ele, por causa de uns cachorros que ele tinha e usava para caça e isso gerou um desentendimento entre ele e a vítima”, contou o delegado Pedro Nunes.
Inês nega a declaração do suspeito quanto à motivação do crime: “Nunca houve problemas com eles dois e muito menos que tivesse cachorros no meio desse brutal crime. Com as investigações em Araguaína, a Polícia Civil irá concluir que a real motivação do caso não foi o que ele depôs no Pará”, ressaltou a irmã enfatizando: “a nossa família quer que a justiça seja feita”
(Da Redação)
(Foto: Reprodução)