“Ele matou meu irmão. Queremos que o assassino do meu irmão não fique impune, que seja preso por tempo indeterminado. Ele não pode sair tão cedo da cadeia. Ele é um fabricante de armas e altamente perigoso. Se um cara desse fugir ou for liberado logo, vai fazer mais tragédia com outras famílias. O que eu passei e estou passando, não desejo para ninguém”, desabafou.
Visivelmente emocionada ela acrescentou: “Nossa família tem sofrido muito. Tivemos diversas vezes na delegacia pedindo para o delegado a agentes da Policia Civil para que agilizassem a situação e que esse homem fosse preso logo. Dói muito. Tudo que nós queremos é justiça.
Ele destruiu a nossa família”, enfatizou.
Inês lembrou aquele fatídico dia do crime. “No dia 10 de janeiro de 2023, meu irmão, que era segurança do Supermercado Campelo, em Araguaína, estava indo para a nossa chácara, localizada na zona rural de Babaçulândia, quando o suspeito, em uma emboscada, matou meu irmão covardemente na estrada. No mesmo dia em que ele matou o meu irmão, ele (o suspeito) se mudou da casa onde morava com a esposa e os três filhos. Ele deixou para trás cachorro, gato, galinha e até as roupas que estavam no varal. Ele deixou tudo e fugiu”, contou.
O crime chocou a população de Araguaína. “O assassino matou meu irmão para roubar a quantia de cinco mil reais e um revólver calibre 38”, contou Inês.
Prisão
José Maria Bento de Matos foi preso nesta quarta-feira, 21, na cidade de Eldorado do Carajás (PA); ele é investigado pela prática de homicídio seguido de roubo em Babaçulândia.
Conduzido à delegacia de Eldorado do Carajás, durante o interrogatório, ele confessou o brutal crime e disse que trocou a arma da vítima por uma motocicleta. “Mesmo assim, durante as diligências, conseguimos localizar a arma. Ele contou que houve um desentendimento lá na chácara. Segundo ele, por causa de uns cachorros que ele tinha e usava para caça e isso gerou um desentendimento entre ele e a vítima”, contou o delegado Pedro Nunes.
Inês nega a declaração do suspeito quanto à motivação do crime: “Nunca houve problemas com eles dois e muito menos que tivesse cachorros no meio desse brutal crime. Com as investigações em Araguaína, a Polícia Civil irá concluir que a real motivação do caso não foi o que ele depôs no Pará”, ressaltou a irmã enfatizando: “a nossa família quer que a justiça seja feita”
(Da Redação)
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