Após denúncia
Com mais de 120 itens zerados, MPTO dá 48 horas para Estado explicar falta de insumos no HRA
Sendo alguns deles básicos e essenciais, tais como: fio cirúrgico, seringas, bolsa para colostomia, luva cirúrgica estéril e de procedimento, fraldas descartáveis

Por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína (5ª PJA), na terça-feira, 23, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) requisitou à Superintendência de Unidades Hospitalares Próprias (SUHP) e à Superintendência de Aquisição e Logística (SAEL) da Secretaria da Saúde do Estado do Tocantins informações sobre as providências adotadas para a regularização do abastecimento de insumos, materiais de limpeza e medicamentos do Hospital Geral de Araguaína (HRA). A administração estadual tem o prazo de 48 horas para apresentar as medidas a serem tomadas.
De acordo com denúncia enviada ao Ministério Público, no último fim de semana, foram observados indícios de precariedade na prestação de serviços médico-hospitalares à população tocantinense. Com base em diligências realizadas pelo MPTO, por meio da 5ª PJA, mais de 120 itens estão com o estoque zerado ou em estado crítico no HRA, sendo alguns deles básicos e essenciais, como: fio cirúrgico, seringas, bolsa para colostomia, luva cirúrgica estéril e de procedimento, fraldas descartáveis, etc.
Responsável pela atuação ministerial no caso, a promotora de Justiça Bartira Silva Quinteiro Rios fala sobre o procedimento adotado. “Conforme observado em denúncia e apurado nas diligências no bojo do inquérito civil público, o desabastecimento de medicamentos, materiais de limpeza e insumos diversos pode comprometer severamente a assistência e a segurança de pacientes internados na unidade de saúde, bem como pode deixar o ambiente vulnerável à proliferação de infecções hospitalares. Em razão disso, recebemos a notícia de fato e estamos atuando”, explica.
O MPTO também fez requerimento quanto às providências relacionadas ao restabelecimento do fornecimento de órteses, próteses e materiais especiais, suspenso em 17 de agosto deste ano. Os materiais são essenciais para a retomada de procedimentos cirúrgicos nas especialidades de ortopedia e neurologia realizados no Hospital Geral de Araguaína.
(Da Dicom do MPE TO)
(Foto: Divulgação)