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POLICIAL

Filho de vereador é preso após ser flagrado pela PM vendendo drogas em condomínio residencial em Palmas

No momento da abordagem, Felipy ainda tentou intimidar os militares afirmando que é filho de um vereador de Pedro Afonso e que não poderia ser preso e, se fosse, o pai pagaria para ele ficar em liberdade

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Dando continuidade nas ações de combate a criminalidade e ao tráfico de drogas, policiais militares da Força Tática do 1º BPM, comandados pelo tenente-coronel Thiago Monteiro, lograram êxito em prender no início da madrugada desta quarta-feira, 12, Felipy de Sousa Nolêto, 21 anos após ser flagrado comercializando substância entorpecente análoga à maconha na área comum de um condomínio residencial localizado na região norte de Palmas.

De acordo com informações apuradas no local pela reportagem da Agência Tocantins, o indivíduo foi preso após os militares da Força Tática do 1º Batalhão da PMTO receberem informações de que Felipy estaria vendendo drogas na área comum do condomínio.

De posse da informação e das características do indivíduo, os militares foram até o local e após realizaram patrulhamento na área do residencial, avistam um jovem com as mesmas características do informado na denúncia, que ao perceber a presença dos militares empreendeu fuga, porém, foi realizado o acompanhamento pelos policiais onde foi alcançado e detido ao entrar no apartamento onde mora com a sua mãe. O indivíduo já possui passagem pela polícia pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. 

No local, os militares encontraram várias porções de substância entorpecente análoga à maconha em cima do sofá da sala, já fracionadas e prontas para serem vendidas. Questionado sobre a droga, Felipy informou aos PMS que é usuário e que a droga seria para seu consumo.

Ainda de acordo com informações apuradas pela reportagem, no momento da abordagem Felipy ainda tentou intimidar os militares afirmando que é filho do vereador Mirleyson Soares Dias (PDT) do município de Pedro Afonso e que não poderia ser preso e se fosse, o pai pagaria para ele ficar em liberdade.

Diante dos fatos, Felipy recebeu voz de prisão e em seguida foi conduzido para a 1ª central de atendimento da Polícia Civil juntamente com a droga onde foi apresentado à autoridade policial. Na delegacia após ser ouvido pelo delegado plantonista, Felipy de Sousa Nolêto foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e em seguida após a realização dos procedimentos cabíveis em lei, ele foi recolhido na carceragem da Unidade Penal Regional de Palmas (UPRP).

Mesada paga pelo pai

Aos militares o jovem afirmou que não trabalha e também não está estudando, que atualmente no mesmo apartamento com sua mãe é mantido pelo seu pai que paga uma mesada mensal. 

Polêmica do motel 

O parlamentar que é pai de Felipy preso por tráfico de drogas na madrugada desta quarta-feira, na região norte da capital, foi alvo de uma ação do Ministério Público do Tocantins, após ser flagrado saindo de um motel em Palmas usando o carro oficial da Câmara de vereadores de Pedro Afonso. O caso foi registrado em março de 2022.

Mirleyson Soares Dias à perda do mandato de vereador de Pedro Afonso. Ele cometeu ato de improbidade administrativa por uso irregular de carro oficial da Câmara, em março de 2022.

O veículo do Legislativo foi flagrado em um motel de Palmas no dia 25 de março de 2022. As investigações apontaram que o vereador chegou ao estabelecimento às 14h e saiu às 14h55. O réu alegou que emprestou o carro “a um terceiro”, mas vídeos obtidos pelo Ministério Público revelaram que o vereador esteve, sim, no local.

No dia do ato, o vereador havia solicitado o veículo oficial da Câmara e uma diária de R$ 330 para participar de uma reunião com um deputado estadual. O objetivo era pedir verbas ao município de Pedro Afonso para financiar atividades relacionadas ao turismo.

Segundo o Ministério Público, conforme consta na Ação Civil Pública (ACP) da 2ª Promotoria de Justiça de Pedro Afonso, o ato do vereador “viola os princípios da Administração e constitui ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito do agente público”.

A Justiça, que determinou o afastamento imediato de Mirleyson, acatou as alegações do MPTO e ainda determinou a suspensão dos direitos políticos do vereador por cinco anos, ressarcimento ao erário do valor concedido a título da diária solicitada, proibição de ser contratado ou receber benefícios do poder público por cinco anos e pagamento de multa equivalente ao dobro do valor do acréscimo patrimonial aferido de forma irregular.

 (Com informações da Agência Tocantins)

(Foto: Alessandro Ferreira/Agência Tocantins)

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