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ESPORTE

Histórias de superação marcaram o primeiro dia de competição de jiu-jítsu em Araguaína

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Atletas do Rio de Janeiro, Brasília, Pará, Maranhão, Tocantins, entre outros estados, participam de um dos maiores campeonatos de jiu-jítsu do mundo, o AJP Tour (Abu Dhabi Jiu Jitsu Pro), em Araguaína. A abertura oficial e as primeiras lutas foram realizadas neste sábado, 14, com a presença de autoridades, organizadores do torneio e centenas de expectadores.

Durante a abertura, o prefeito Wagner Rodrigues destacou a importância que o evento internacional representa para o município. “Promover oportunidades dentro do esporte é fundamental para que vidas sejam transformadas, e é isso que estamos vendo aqui hoje, mais de 600 atletas, de várias regiões, e Araguaína sendo palco para receber este grande evento. Agradeço a cada um aqui presente que tem acreditado na nossa cidade, principalmente à organização AJP Tour, por trazer este campeonato internacional e contribuir com os sonhos dos nossos atletas”, ressaltou Wagner.

Com entrada gratuita para a população, o evento da AJP também é transmitido ao vivo para mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, em mais de 60 países.

Homenagem
Ainda durante a abertura, a organização homenageou ao mestre Ricardo Holanda, de Fortaleza (CE). Faixa coral 8º grau, o mestre é conhecido mundialmente pela vasta experiência e atuação dentro do esporte. A paixão pelo jiu-jítsu fez com que ele largasse quatro anos da faculdade de medicina para lutar.

“Eu comecei no jiu-jítsu aos oito anos de idade e, desde então, nunca mais tirei o quimono. Tranquei quatro anos de medicina para lutar e foi a melhor escolha da minha vida. Tenho certeza de que muitos que estão nessa caminhada já traçaram suas linhas e eu tive a honra de ter contribuído para que atletas carentes se tornassem grandes profissionais. Então o jiu-jítsu, é uma escola para a vida, porque é no tatame que conseguimos transformar pessoas”, destacou o mestre.

Crianças abrilhantaram a competição
No primeiro dia de competição, quem abrilhantou as performances no tatame foram as crianças. E como em toda competição tem emoção, no AJP não decepcionou os expectadores.

Aos 12 anos de idade, e com mais de 40 medalhas, a atleta de Marabá (PA), Eduarda Caires, prendeu a atenção das pessoas que estavam na arquibancada. Com força e concentração, Eduarda venceu as adversárias e, junto do treinador e da família, comemorou mais uma superação.

“O jui-jítsu é uma terapia na vida da minha filha, porque ela é autista, e só nós sabemos o tanto que é importante. Ela treina desde os sete anos e, cada dia que passa, ela está mais forte, concentrada e respondendo bem ao tratamento. Um orgulho para todos nós”, disse Jaqueline Costa Caires, mãe da Eduarda.

Da cadeira de rodas para o tatame
Em 2014, o morador de Araguaína, Geverson Dantas Felix, de 34 anos, ficou tetraplégico após sofrer uma lesão devido à retirada de um tumor da medula. Foram oito anos vividos com muitas dificuldades, até ele entrar para o jiu-jítsu. O atleta conta que treina há um ano e três meses e, de lá para cá, sua vida mudou completamente.

“Um colega meu me apresentou o esporte e, em cada treino, eu me sentia melhor. Hoje posso dizer que o jiu-jítsu me fez ter mais força, me tirou de um mundo cheio de dificuldades para um mundo de oportunidades”, disse Geverson.

Nos últimos seis meses, Geverson começou a competir e já participou de grandes campeonatos, sendo campeão da etapa do AJP Tour realizado em Goiânia. Em Araguaína, ele se inscreveu para lutar, mas como não teve nenhum atleta na categoria, a organização realizou uma luta simbólica. No tatame, um atleta foi mobilizado de acordo com as limitações de Geverson para que a disputa acontecesse em condições de igualdade.

Filho de atletas
Ao lado dos pais, que também são atletas, Snyder Jhoufer exibiu com orgulho a 15ª medalha, que foi conquistada durante a competição em Araguaína. Para o pai, que é faixa preta, o garoto sonha alto e pretende conquistar o mundial do AJP.

“Ele treina desde os três anos de idade e a cada dia ele nos surpreende mais. Essa foi a maior competição dele e com certeza uma experiência única. Agora, o próximo passo é conquistar o mundial”, disse Eder Jhoufer.

Já a mãe, Hanna Ribeiro, que ocupa o 1º lugar no ranking nacional na modalidade NoGI, teve que conter as lágrimas após ver o filho subir ao pódio.

“É um sentimento inexplicável, porque, desde que ele nasceu, sempre fez parte de todos os meus treinos. Inclusive, quando era bebê, ele engatinhava no tatame. Então é um motivo de muito orgulho para nós, pois o jiu-jitsu é um esporte que transformou as nossas vidas e está proporcionando grandes realizações”, contou a mãe e atleta.

Deixou o balé para seguir um sonho
Por muitos anos, Ana Beatriz Amorim, de Canaã dos Carajás (PA), frequentou aulas de balé, mas, aos 12 anos de idade, quando conheceu o jiu-jítsu, decidiu trocar as sapatilhas pelo quimono. Com apenas três meses, ela conta que começou a competir e, dentro de um ano, já foi campeã mundial.

“Eu treino todos os dias e conquistar mais uma medalha é mostrar para mim mesma que todos os esforços valem a pena. O jiu-jítsu é um sonho realizado e estou muito feliz”, disse a atleta.

As mudanças no esporte também foram visíveis em vários aspectos, como conta a mãe da Ana Beatriz, Fernanda Amorim. “Foi no jiu-jítsu que a Ana se transformou em uma menina mais dedicada, estudiosa e amorosa. Uma transformação incrível”.

Grupo de elite
No segundo dia de competição, que acontece neste domingo, 15, é a vez de prestigiar o grupo de elite. São dezenas de atletas campeões no jiu-jítsu, faixas pretas, que iniciam as lutas a partir das 10 horas, no Ginásio Poliesportivo Pedro Quaresma. A entrada é gratuita para o público.

Grande estrutura
Neste ano, a AJP Tour realizou 12 etapas classificatórias em 10 cidades e Araguaína é a segunda cidade da região norte do país a ter uma etapa do AJP Tour no ano. Na atual temporada 2022/2023, a previsão é promover mais de 170 campeonatos nacionais, continentais e internacionais.

Sobre o Abu Dhabi Jiu-Jitsu
Criado em 2009, o Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro já promoveu mais de 150 eventos em seis continentes com a missão de levar o Jiu-Jitsu ao profissionalismo e fazer de Abu Dhabi a capital mundial do esporte. Atualmente, Tóquio (Japão), Los Angeles (EUA), Rio de Janeiro (Brasil), Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Moscou (Rússia) são as cidades-sede da comunidade global do esporte.
(Da ascom da Prefeitura de Araguaína)
(Foto: Marcos Filho Sandes / Secom Araguaína)

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