Jovem está desaparecida há quase 30 dias e mãe diz que se sente impotente diante do “descaso”

Com quase 30 dias que Samylla Lorrany Marques de Sousa, de 23 anos, desapareceu, a mãe Dinalva Soares de Sousa, continua buscando por notícias da filha. A jovem sumiu no dia 21 de novembro deste ano, após confronto entre policiais e o namorado dela, Brian Felipe Inomata, de 25 anos.

“Até agora não foi resolvido nada, apenas um silêncio total. Não aguento mais ficar sem resposta. Eu vou na Polinter e eles dizem que vão verificar na delegacia de homicídio e vice-versa. Já estive no Ministério Público que já entrou com uma ação, mas também até agora nada. O silêncio é absoluto”, desabafou a mãe.

Dinalva disse que sabe que nesse período de Natal e Ano Novo ninguém lhe dará nenhuma resposta. “Mas espero em Deus que, quando passar esse período festivo, alguém me apresente uma solução, porque sei que minha filha estava na casa naquele dia da batida policial. Eles afirmam que ela não estava lá, então que me provem essa afirmação. Eu sei que minha filha estava lá dentro porque ela morava lá. Sei que já falei essa história várias vezes, mas não me canso. Quero saber o que aconteceu com ela”, enfatizou.

Ela disse ainda que se sente impotente diante do “descaso”. “Eu quero uma resposta. Eu quero justiça. Se ela estiver viva que eles digam para onde levaram. Se estiver morta quero enterrar com dignidade o corpo dela. Além dela ter um coração que bate dentro do peito, ela também tem família. Não posso viver em uma angústia desse tamanho para o resto da minha vida. Está demorando demais eles apresentarem uma resposta. Eu me sinto impotente diante desse descaso. Como ela fugiu se não levou nenhum pertence dela e se até a sandália que estava calçada foi achada dentro daquela casa. Cadê a minha filha?” questionou.

O que diz a Secretária de Segurança Pública
“Em resposta à solicitação deste veículo de comunicação, asseguramos que a senhora Samylla Lorrany Marques de Sousa, a qual responde pelos crimes de tráfico e porte ilegal de arma de fogo, não estava presente no local da ação desenvolvida no dia 21 de novembro pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC) da Polícia Civil do Tocantins e pela Força Tática do 6º BPM da Polícia Militar.

Sobre o desaparecimento da senhora Samylla Lorrany Marques de Sousa, informamos que a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia Interestadual e Captura (Polinter), abriu procedimento investigativo e que segue em diligência, para elucidar o caso”.

Entenda o caso
Samylla Lorrany Marques de Sousa, de 23 anos, desapareceu no dia 21 de novembro, após confronto entre policiais e o namorado dela, Brian Felipe Inomata, de 25 anos, durante uma abordagem no conjunto de quitinete em que os dois moravam, no Jardim Aureny III, em Palmas.

No dia 29 de novembro, Dinalva, a mãe de Samylla, conversou com a equipe de reportagem do Portal Araguaína Urgente e disse que a filha estava em casa na hora do confronto. “No dia 21 de novembro teve uma batida policial no local. Eles disseram que lá era um laboratório de drogas. Me contaram que houve uma troca de tiros. Mas o que estou atrás mesmo é da minha filha. Eu tenho certeza que minha filha estava lá. Ela mandou mensagem para mim enquanto estava lá, mas ela sumiu. Ninguém dá pista de nada e só dizem que ela não estava lá, mas eu tenho certeza que ela estava lá”, garantiu a mãe.

Na época, ela conta ainda que, segundo testemunhas, que não quiseram ser identificadas, duas meninas foram levadas da quitinete baleadas. “Eles me contaram que saiu de lá duas meninas baleadas. Uma branquinha, que é a minha filha, e uma morena. Levaram ela, mas para onde? Eu já fui em IML, presídio, hospital e não encontro ela em lugar nenhum. Como é que uma pessoa evapora do nada?”, questionou.
(Por Raimunda Costa)