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Voluntária engajada em ações sociais há 21 anos diz que “é preciso ouvir o coração para ajudar os menos favorecidos”

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“A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca”. É dentro dessa acertada definição que Maria Aparecida dos Santos, mais conhecida como “Cida do Povo”, é encontrada há 21 anos. Em um bate-papo descontraído com a equipe de reportagem do Portal Araguaína Urgente, ela contou como nasceu o desejo de contribuir em causas dos menos favorecidos.

“De 1982 a 1998, eu trabalhei em São Paulo em uma empresa privada e, paralelamente, de forma voluntária, junto à igreja católica, tínhamos a pastoral do morador em situação de rua. Aprendi muito com eles. Levávamos pão material e o espiritual. Esse trabalho voluntário que participei em São Paulo foi feito nos largos de São Bento, São Francisco, do Paissandu, e na Santa Ifigênia. Nas noites de frio, levávamos cobertores e sopa. A sopa era servida em garrafa pet cortada ao meio, pois não tínhamos marmitex”, lembrou.

Chegada em Araguaína
Ela também relatou como tudo começou em Araguaína. “Me mudei para Araguaína em 1999. Aqui, também trabalhei em empresa privada, em instituições sem fins lucrativos e no poder público municipal. Paralelo a esses trabalhos, continuei exercendo o meu lado voluntário com o povo mais simples. Hoje conheço toda a cidade e me identifico muito com a população vulnerável. Tenho bom trânsito entre todas as classes o que me proporciona mais colaboração”, disse.

Maria Aparecida revelou como reacende a esperança dessa população. “Conheço bem o município, conheço as famílias e vice-versa. Todas elas têm liberdade para me contar o seu problema e, principalmente, me contar a sua dor. O número do meu celular é muito conhecido. Há 20 anos que ele, muitas das vezes, toca com um pedido de ajuda. O meu trabalho é de formiguinha”, contou.

Ela completou: “Parto sempre do princípio de que somos todos irmãos. Como todo trabalho voluntário, eu colho flores e também espinhos, e ambos me fortalecem. Hoje, com 64 anos, posso me dedicar integralmente em ações sociais, visando amenizar a dor dos mais simples na medida do possível. Fico muito feliz quando alguém me chama de Cida do Povo; digamos que esta marca, entre aspas, me fortalece e me mostra que estou no caminho certo. Tenho ainda muito que aprender com os menos favorecidos”, garantiu.

Onde desenvolve
Maria Aparecida contou onde desenvolve o seu voluntariado. “Meu trabalho voluntário é focado em qualquer área. Seja na saúde, educação, ação social ou na simples confecção de documentos. Meu propósito é apenas ajudar. Infelizmente não conseguimos fazer tudo, mas procuramos solucionar os problemas ou levar para a competência para solucionar a demanda”, frisou.

Sem distinção
Ela afirmou que procura seguir princípios e valores que possam agregar na vida das famílias. “Muitas vezes elas precisam, não só de alimento, da roupa, do calçado, mas de um ombro amigo ou de um momento de espiritualidade. É nessa escuta que detectamos o problema e vamos atrás da solução. Sempre ouvindo com o coração, sem distinção de cor, de raça ou de credo. Na verdade, só queremos a resposta dessa pergunta: qual é a sua dor? Eu me questiono sempre: e se fosse comigo? Pensando nisso, eu procuro ajudar da melhor maneira possível”, revelou.
Nova participação social
Cida do Povo participou no último dia 8 (quinta-feira) de uma nova ação social realizada em Araguaína e, segundo ela, surgiu por acaso. “O primeiro chamado que eu tive foi para procurar famílias para que fossem beneficiadas com 50 cestas básicas. Desta ação surgiu uma matéria que foi vista por uma empresária, seu coração foi tocado para uma ação social mais robusta”, ressaltou.

Ela acrescentou: “Para esta segunda ação 100 famílias foram beneficiadas. A doação de R$ 10 mil nos garantiu a aquisição de uma cesta básica com 20 itens incluindo material higiene, limpeza e frango”, disse Maria Aparecida acrescentando que a doadora pediu apenas que fosse uma cesta básica “muito boa” e diferenciada.

Parceria
Cida do Povo lembrou que buscou parceria. “Como a ação social se agigantou, eu procurei a parceria do Programa Mesa Brasil que é um programa do Sistema “S” e que tem como lema: “Busca onde sobra e leva onde falta”. O Mesa Brasil se colocou à disposição e firmamos a parceria. Como sempre, vamos realizar um trabalho justo, honesto, decente, e que realmente beneficie famílias carentes de Araguaína”, enfatizou.

Pedido
A equipe do Portal Araguaína Urgente deixou o espaço aberto para que Cida do Povo concluísse o bate-papo. “Primeiro: quero deixar claro que meu trabalho de voluntariado não tem nenhuma conotação política e sequer penso integrar em nenhum cargo desse meio. Segundo: espero que essa matéria possa despertar corações de outros doadores e que, juntos, possamos matar a fome de quem está precisando nesse momento de pandemia. Disponibilizo o meu contato para os que queiram ajudar: 63-9 9229 4266”, finalizou.
(Da Redação)

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