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Wanderlei Barbosa diz que vai manter agendas de governo e não sabia dos fatos investigados: “Fomos pegos de surpresa”

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O governador em exercício Wanderlei Barbosa (Sem partido) falou nesta quinta-feira, 21, pela primeira vez desde o afastamento de Mauro Carlesse (PSL) por suspeita de corrupção. Em coletiva, ele afirmou que foi pego de supressa com as investigações da Polícia Federal e vai manter a agenda de projetos em andamento, inclusive, a concessão do Parque Estadual do Jalapão.

Wanderlei Barbosa falou durante entrevista coletiva no Palácio Araguaia, em Palmas. Ele assumiu o cargo após o STJ afastar cerca de 50 agentes públicos, inclusive, o governador Mauro Carlesse e a cúpula da segurança pública.

“Como equipe, como governo, não podemos deixar que abale a estrutura social, que cause preocupação, por conta do serviço que temos que prestar para a comunidade tocantinense”, afirmou o governador em exercício, Wanderlei Barbosa.

Ao lado de secretários e deputados o político afirmou que pretendia demonstrar unidade e parceria com os demais poderes para viabilizar o estado, manter o equilíbrio fiscal e a saúde funcionando.

“Todos nós fomos pegos de surpresa, uma ação que preocupa todos. Nenhum governo, nenhum governante gostaria de passar pelo que o Tocantins está passando mais uma vez. Eu fui eleito junto com o Carlesse para ser o seu companheiro, seu substituto em qualquer eventualidade. Ou seja, o primeiro na linha de sucessão eu tenho que estar preparado para esse desafio”, disse.

Ele buscou tranquilizar os prefeitos e disse que os projetos em andamento, como no caso do Tocando em Frente – que prevê um pacote bilionário de obras nos 139 municípios – continuarão sendo executados. O mesmo ocorre com a concessão do Jalapão, que segundo Wanderlei Barbosa é um projeto de governo e não pensado pelo governador.

Em relação ao afastamento de Mauro Carlesse, afirmou que ninguém no governo conhece o teor das acusações e seu antecessor ainda está sendo investigado, tendo direito à ampla defesa.

“Essa instabilidade causada neste momento pelo afastamento do governador, não podemos deixar que ela seja uma dúvida social, temos que tranquilizar. Continuaremos trabalhando e se o governador retornar para sua função, nós continuaremos trabalhando juntos e mantendo nossa obrigação de vice-governador”, afirmou.

Mudanças no secretariado
Ao ser questionado sobre possíveis mudanças, o governador afirmou que a equipe é capacitada e não fará “movimentos bruscos no governo porque desestabiliza o trabalho que vem sendo feito”. Por outro lado, afirmou que fará a substituição dos servidores afastados seguindo orientação jurídica.

Os nomes devem ser discutidos na tarde desta quinta-feira, 21.

“Aquilo que nós formos modificar vamos modificar de maneira muito tranquila naquilo que tivermos que fazer porque a oxigenação em qualquer posto do governo existe, mas neste momento vemos que não temos necessidade porque temos uma equipe qualificada para prestação do serviço que precisamos”, afirmou.

Investigações internas
Durante entrevista coletiva o governador foi questionado sobre a possível necessidade de auditorias e investigações internas, reforma política. Ele afirmou que a estrutura atual atende as necessidades e não pensa em mudanças.

Também disse não sabia de muitas coisas que aconteciam no governo, como projetos e discussões, e agora precisará conhecimento de todas as áreas. Segundo ele não há necessidade retaliação ou “caça às bruxas” em nenhuma pasta.

“Eu não vejo necessidade de nenhuma auditoria, nem pensei nisso. A gente tem um governo de coesão, respeito mútuo. Nossos secretários têm sido coerentes na prestação de serviço e a onde a Justiça fez a investigação ela vai dar prosseguimento, não somos nós. Temos que fazer um trabalho de fortalecimento no governo, isso nós faremos”, afirmou.

Entenda
O afastamento do governador e cerca de 50 agentes públicos foi determinada monocraticamente pelo ministro Mauro Luiz Campbell e confirmada pela corte do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na manhã desta quarta-feira (20) a Polícia Federal fez buscas na casa de Carlesse e na sede do governo do Tocantins. Foram apreendidos dois veículos do governador, levados para a sede da PF em Palmas.

As investigações que resultaram na determinação de afastamento do governador Mauro Carlesse pelo STJ são resultado de duas operações da PF, chamadas Éris e Hygea, que invetigam:

  • pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores estaduais (Hygea);
  • obstrução de investigações (Éris);
  • incorporação de recursos públicos desviados (Hygea).

A investigação, que teve início há cerca de dois anos, estima que cerca de R$ 44 milhões tenham sido pagos a título de vantagens indevidas. Os valores podem ser maiores, já que a participação de outras empresas no esquema ainda é investigada.
(Com informações do G1 Tocantins)

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