Empresários e fiscal são indiciados por adulterar rótulos para vender alimentos vencidos em Araguaína

O casal de empresários Cristiano Gonçalves Correa, de 41 anos, e Karline Rodrigues da Silva, de 27 anos, o dono de uma gráfica e um fiscal do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) foram indiciados pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios.

Todos são suspeitos de integrarem um esquema de venda de produtos alimentícios inadequados para o consumo. Segundo a Polícia Civil, o casal comandavaum grande esquema de venda e comercialização de queijos e outros alimentos vencidos e de origem clandestina.

De acordo com o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, após adquirir os alimentos, Cristiano e Karline os “esquentava” com rótulos irregulares e com data de validade adulterada, sendo posteriormente postos à venda em supermercados de Araguaína. “Os produtos eram comercializados para restaurantes e lanchonetes da cidade, causando um imensurável prejuízo a saúde pública. Noutro ponto, os alimentos irregulares eram armazenados em depósitos clandestino localizado no Setor Brasil, em Araguaína, fato este confirmado por várias testemunhas”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, os rótulos utilizados para “esquentar” os alimentos irregulares eram confeccionados numa gráfica da mesma cidade, cujo proprietário, identificado com as iniciais W. C. M.J., de 37 anos, também está envolvido de forma direta no esquema criminoso.

Operação Caseus
Deflagrada em dezembro de 2018 em Araguaína, a Operação Caseus identificou cerca de 240 quilos de alimentos diversos em condições inadequadas para consumo. Naquela ocasião, Cristiano e Karline foram presos em flagrante, sendo denunciados pelo Ministério Público em fevereiro deste ano. Conforme as investigações, o fiscal Cláudio Adriano Rodrigues Mendonça, de 42 anos, fora conivente com tais práticas.

O caso agora fora encaminhado para o Poder Judiciário que tomará as medidas cabíveis.
(Da Redação)