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DENÚNCIA

Após morte da filha, mãe desabafa e diz que as “notinhas” da UPA são tudo “mentira”

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Em um desabafo, Gardênia Pereira Gonçalves, de  30 anos, inconformada com a morte da sua filha Karyne Gonçalves Ramos, de 1 ano e 11 meses, por suposta negligência médica na UPA 24h, em Araguaína, disse que as “notinhas” emitidas em nome da unidade de saúde são tudo “mentira”.


“Eu fico encabulada com as notas da UPA é porque: já que foram feitos exames, ela foi medicada, ficou em observação, e eles disseram que a criança não estava mais com quadro de vômito e nem de febre, porque então a minha filha veio a óbito? É de encabular essas notinhas”, desabafou.


A mãe ainda ressaltou: “Se a criança estava bem, era para a minha filha está aqui hoje comigo. Não era para está morta. Igual o filho do Hélio que eles falaram que medicaram e mandaram uma notinha dizendo que a criança teve todo atendimento. Eles mandam essas notinhas quando fazemos as denúncias. Cadê nossos filhos? É tudo mentira”, criticou.


Gardênia contou que as pessoas que procuram a UPA não são bem atendidas. “Quando as pessoas chegam lá, eles não atendem bem. É um péssimo atendimento. Eles não fazem nada para salvar a vida do ser humano. Eles trabalham só para comprar o que não presta e tirar os filhos das famílias. Essas notinhas são mentiras, eles só fazem a defesa deles porque não querem sair perdendo. Eles não querem ser culpados, mas Deus que está no céu sabe que eles são culpados”, disse.


Ela questionou: “E se fosse o filho de um desembargador, de um juiz, de um promotor, será que eles iriam mandar essas notinhas também? Duvido se iriam mandar! É tudo mentira”, ressaltou.


A mãe foi enfática ao falar de provas. “Ainda bem que eu tenho provas suficientes que minha filha morreu por negligência. Deus está no céu. Ele não dorme. Ele está acordado 24 horas. Ele, sim, é o médico. Minha filha morreu por culpa deles. Deram remédio errado na minha filha. O que a minha filha tinha e por que não passaram o medicamento certo?”, questionou.


Entenda o caso

Segundo Gardênia, no dia 16 de setembro, vomitando muito e com febre, a filha deu entrada na UPA. “Ela foi atendida e medicada com dipirona na veia e tomou soro. Minha filha fez exame de sangue onde foi apontada uma alteração. Contudo, a médica que atendeu disse que ela tinha apenas uma infecção de garganta, que não ia passar antibiótico, que não era nada grave e deu alta para minha filha e nos mandou para casa. Mas o estado dela piorou e, no mesmo dia, eu voltei com ela para UPA”, contou.


A mãe relatou que, ao chegar na unidade de saúde, a médica, que teve o nome preservado, deixou Karyne em observação. “No dia seguinte (17 de setembro), minha filha começou a vomitar sangue vivo e, em seguida, um sangue preto. Desesperada, eu gritei dizendo que ia chamar a televisão e a polícia, caso ela (a médica) não transferisse a minha filha para o hospital municipal. Foi quando ela ficou com medo e providenciou a transferência. Minha filha teve várias paradas cardíacas dentro da ambulância e chegou no hospital municipal em estado grave, onde veio a óbito”, relatou a mãe.


O que diz a UPA

O Instituto Saúde e Cidadania (Isac), responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento de Araguaína (UPA 24 horas), enviou a nota abaixo para o Portal Araguaína Urgente:

“A Unidade de Pronto Atendimento do Araguaína Sul esclarece que não vai se manifestar sobre o novo depoimento da mãe da paciente em questão citada na reportagem”.

Outro caso

A professora Cristiana Pereira Costa, mãe de Adrian Pereira dos Santos, relatou que o filho se sentiu mal entre os dias 24 e 25 de outubro e que o levou para a UPA 24h, em Araguaína.

“Meu filho  passou mal à noite e teve febre muito alta. Cheguei na UPA procurando melhorias para meu filho. Chegamos 2 horas da tarde, mediram a febre dele e deu 39,2º e fiquei aguardando atendimento. Depois de 1 horas de espera, ele estava com a pulseirinha amarela, me chamaram e o médico atendeu”, contou a mãe.


A mãe contou que ficou aguardando o resultado dos exames que foram solicitados. “Depois de um tempo, perguntei para a moça se meu filho não seria mais atendido e ela disse que tinha que aguardar o resultado dos exames. Informei que a febre dele não tinha baixado, foi então que perguntou o nome dele e, após eu fornecer, ela disse que iria aplicar uma dipirona na veia do meu filho”, afirmou.
Ainda, segundo a mãe, após a criança ser medicada com a dipirona começou a suar muito. “Ele ficou impaciente, não conseguia ficar de pé, não sentava, ficou rolando de um lado para outro na cama. Ficou com muita sede. Ele começou a pedir peito. Meu filho cada hora piorava. Foi quando pedi ao médico que passasse um soro para o meu filho, mas ele disse que não era necessário, pois soro era água”, relatou.

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