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Dimas assina ordem de serviço para construção do hospital municipal de Araguaína nesta quarta-feira
O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, teve mais uma reunião de trabalho remota com representantes de instituições locais para abordar soluções diante do colapso dos leitos em unidade de tratamento intensivo (UTI) na cidade. Uma das respostas propostas é a ordem de serviço para construção da primeira etapa da sede própria do Hospital Municipal Eduardo Medrado (HMEM), que servirá temporariamente como hospital de campanha.
A ordem de serviço para a obra será assinada já nesta quarta-feira, 4. O local receberá 60 leitos, sendo 20 em UTI e 40 clínicos. A construção do novo prédio recebeu apoio unânime de todos os participantes da reunião.
“Eu sou a favor de funcionar, nós não temos leitos. Não tem como falar que não vai atender uma demanda, que está aumentando”, comentou a professora da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFT) Kênia Rodrigues. Já presidente do Conselho Municipal de Saúde, Agnaldo da Silva Teixeira, fez um alerta quanto a necessidade do novo prédio. “Não cabe mais nada no prédio atual”.
Participaram da reunião representantes das secretarias municipais de Araguaína, câmaras de Vereadores e dos Deputados, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), UFT, Defensoria Pública Estadual, Conselho Municipal da Saúde, Instituto Saúde e Cidadania (Isac) e comerciantes. A transmissão foi realizada para população pela página oficial da Prefeitura no Facebook.
Leitos parados
Outra resposta rápida proposta é a possibilidade da estrutura física e humana do Hospital Municipal de Campanha (HMC) receber e colocar em funcionamento equipamentos dos sete leitos que estão parados no Hospital Regional de Araguaína (HRA).
“Enviamos ofício diretamente ao governador Mauro Carlesse. A gente vinha mantendo 35 a 40 araguainenses internados e, hoje, são pouco mais de 50, dos quais 23 estão em UTI. Tem outra situação também que são pacientes de outras localidades, mas isso é natural, o que preocupa é quantidade de leitos”, afirmou Dimas. Atualmente, a rede hospitalar em Araguaína tem todos os leitos de UTI ocupados, inclusive os dois de suporte avançado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Além dos sete leitos a menos no HRA, outros 10 que estavam previstos no Instituto Sinai há mais um mês estão demorando para serem habilitados. Para o defensor Sandro Ferreira, o momento atual é uma crise estadual, em que iniciativa privada está em desacerto com o Estado. “Continuam sustentando que vão fazer o remanejamento do HRA para o Sinai, mas funcionários do administrativo do instituto me passaram informações contraditórias”, declarou.
Início do funcionamento
Durante a reunião, a secretária municipal da Saúde, Ana Paula Abadia, informou que uma das pacientes internadas na UPA conseguiu a transferência para leito do Instituto Sinai, abrindo assim uma vaga para atendimento na unidade municipal. “Para funcionamento total, eles dizem que estão esperando o restante das doações do Ministério Público do Trabalho (MPT). O que é da parte do Município, nós já doamos para eles”, comunicou.
Envio pela metade
Além dessa transferência de pacientes, houve ainda a confirmação que o Estado enviará mais 10 respiradores para ser implantados no HMC. “Não é o suficiente, precisamos da estrutura toda, com bombas de infusão, monitores e outros equipamentos. Mas estamos fazendo o levantamento para saber o que falta para colocar para funcionar esses equipamentos”, ressaltou o prefeito Ronaldo Dimas.
(Marcelo Martin)