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Portador de deficiência, universitário pede acessibilidade na casa de estudante de Araguaína

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Direito à acessibilidade. Essa é a reivindicação do estudante Matheus Mendes de Oliveira, 21 anos. Ele, que é morador de Bandeirantes (TO), foi aprovado para o curso de licenciatura em História pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína. Matheus é portador de paralisia cerebral espástica. 


“Pessoas com esse tipo de paralisia cerebral têm dificuldade de controlar alguns ou todos os seus músculos, que tendem a se esticar e enfraquecer e que geralmente são os que sustentam seus braços, pernas ou cabeça”


Em razão da deficiência, o universitário faz uso de uma cadeira de rodas e disse que não tem condições de voltar diariamente para sua cidade. “Quando eu cheguei na UFT soube que no município tem uma casa de estudante, mas que o local não tem acessibilidade. Estou reivindicando aos órgãos públicos relacionados à educação que tomem as providências para que a casa possa receber também alunos com deficiência. Com acessibilidade, teremos condições de frequentar a unidade de ensino superior quando as aulas retornarem”, ressaltou.


Ele afirmou para a equipe de reportagem do Portal Araguaína Urgente que sua reivindicação é somente para estudar. “Quero ficar na casa do estudante de Araguaína, mas preciso me locomover. Sem acessibilidade só consigo com ajuda de alguém. Acessibilidade é lei. Peço que alguém se ponha no meu ligar e se solidarize com a minha situação. Só quero ter a oportunidade de estudar”, ressaltou.


Sonho

Muito esperançoso, o estudante reforçou o pedido. “A reforma da casa não só para mim, mas para outros alunos que tenham a mesma necessidade que eu. Se coloquem em meu lugar. A acessibilidade é direito. Espero que um empresário, ou o prefeito, ou o governador, ou deputados estaduais ou algum órgão público se sensibilizem para que essa reforma seja concretiza antes do início das aulas. Me ajudem a realizar meu sonho”, pediu o estudante.

Matheus foi enfático ao dizer que quer se formar, fazer um mestrado e doutorado. “Para esse sonho se tornar realidade eu preciso chegar até a sala de aula sem tanta dificuldade.  Quero sair da faculdade de cabeça erguida. Atentam ao meu pedido, façam essa reforma também pela minha pessoa”, pediu o futuro historiador.


História
Matheus contou que nasceu com paralisia cerebral espástica, que passou dois meses em uma incubadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Dom Orione, em Araguaína, e que ficou quase 10 anos sem andar. “Hoje consigo me locomover em poucos metros, mas logo me canso. Minha história é de uma superação diária”, desabafou.

Lei da acessibilidade

O artigo 1º da Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

(Da Redação)

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