Cerca de 80 caminhoneiros estão parados na Bunge no MA à espera de pagamentos de diárias, diz assessor

O assessor jurídico da Associação Comercial de Transportadores de Carga do Brasil (Actbras), Erivelton José Barbosa, denunciou ao Portal Araguaína Urgente que cerca de 80 caminhoneiros estão parados no pátio da Bunge em Porto Franco (MA) à espera de pagamento de diárias. De origem holandesa, a empresa multinacional atua na área de agronegócio e alimentos.

“A Lei 11.442/2007 determina que, a partir da apresentação da nota fiscal, qualquer empresa tem 5 (cinco) horas para que os caminhões sejam descarregados. Passou esse tempo estipulado, a empresa tem que pagar R$ 1,78 por tonelada/h sobre a capacidade do veículo. Estamos na Bunge de Porto Franco, no Maranhão, desde o dia 9 deste mês e até o momento não recebemos essas diárias”, afirmou Barbosa.

Segundo ele, o espaço físico e a logística da empresa não correspondem ao pedido de caminhões. “Por exemplo, a empresa teria um pedido de dez caminhões por dia, mas foi solicitado 80 caminhões e nesses dias parados foram geradas diárias e a Bunge se nega a pagar. Os caminhões estão carregados de soja”, afirmou.

Barbosa também expôs o medo que estão passando em relação à pandemia. “Alguns dos motoristas usam máscaras, outros não. Estamos correndo risco de contrair esse vírus e a Bunge nada resolve. Ela está achando que pode fazer, desfazer, mandar e desmandar no Brasil. Estamos até o momento dependendo desse pagamento. Procuramos outros meios de comunicação, mas ninguém deu atenção para nós”, contou.

O assessor jurídico fez questão de enfatizar que a Bunge se nega a pagar as diárias. “Estamos ao léu. Estamos aqui reivindicando nosso direito previsto em lei, ou seja, cobrança de diárias para caminhão parado, mas a empresa diz que não vai pagar as diárias. A empresa está localizada à beira da rodovia. Estamos em um pátio de areia, sem estrutura alguma. Não há banheiro e não temos alimentação”, revelou.

O Portal Araguaína Urgente entrou em contado com a Bunge, em Porto Franco (MA), e aguarda retorno.
Por Raimunda Costa)