A ida do chefe de gabinete do prefeito Ronaldo Dimas, Wagner Rodrigues, para o comando regional do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) coloca o grupo aliado do executivo municipal em alerta.
Os efeitos colaterais da tomada do partido já começaram. O primeiro foi a saída relâmpago de Paula Zerbini do comando do PTB Mulher no Tocantins. Ninguém me disse, mas o motivo seria a chegada do grupo do prefeito no partido. O segundo, caso Wagner assuma a sigla no Estado, o ex-deputado José Geraldo, também corre o risco de desaparecer do cenário político, pois perde sua principal ferramenta de sustentação política no Tocantins
A articulação para a tomada do partido tem um só objetivo: fortalecer Wagner para uma possível candidatura no ano que vem ao cargo de prefeito de Araguaína. A iniciativa de lançar o chefe de gabinete à Prefeitura tira do páreo outros pretendentes do grupo ligado ao Ronaldo Dimas.
Não bastasse a ida de Wagner para o PTB, a imprensa estadual veiculou que o prefeito Dimas pode se filiar também no partido. Desde sua desfiliação do PR, sigla pela qual sonhava em chegar ao Palácio Araguaia, Dimas está à deriva. Agora, pode achar um porto seguro no partido chefiado por Roberto Jeferson, o ex-deputado federal cassado e condenado a 7 anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em ação penal julgada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Histórico do PTB
O PTB foi fundado no Rio de Janeiro em 1945 , pelo ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas. Na época, a bandeira do partido era, “servir de anteparo entre os sindicatos e os comunistas”. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PTB obteve mais de 7,9 milhões de votos válidos nas eleições de 2018, elegendo dez deputados federais, dois senadores e 31 deputados estaduais.
Por: Alberto Rocha – Jornalista
