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“Não utilizamos de fake News, levamos a informação com ética” afirma apresentador Rodrigo Magalhães

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O apresentador do Programa Araguaína Urgente exibido no canal 10.1 pela TV Amazônia HD, afiliada Band em Araguaína, Rodrigo Magalhães, criticou o constante posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em relação às denúncias sobre o sistema de saúde enfrentado pelos pacientes do Hospital Regional de Araguaína.

Nessa terça-feira, 30, o apresentador recebeu um vídeo que mostra claramente o amontoado de pacientes no corredor da unidade de saúde próximos a uma ala reservada para as pessoas que testaram positivo para a covisd-19. Contudo, por meio de nota, a SES garantiu que se trata de Fake News.

“Depois de mais de 33 anos trabalhando no jornalismo, nunca precisamos utilizar de Fake News e nem de notícia mentirosa. Pelo contrário, procuramos levar a informação com ética. Todas as nossas fontes são checadas antes de colocarmos alguma coisa no ar. Nós sabemos que Fake News é crime e não compactuamos com notícias falsas”, afirmou Magalhães.

Ele afirmou que a TV Amazônia vai continuar mostrando e cobrando o direito que a constituição garante para as pessoas. “Sim, nós vamos continuar cobrando uma saúde digna. Sabemos que a saúde pública no Brasil está em colapso, mas nós vamos continuar no ar cobrando porque quem aparecem naquelas imagens são seres humanos e têm que ser respeitados. Elas estão em uma área restrita ou estou cego? Está escrito área restrita ou não?”, questionou Magalhães.

O apresentador foi mais enfático. “Não dá para dormir com um barulho desse. Vamos continuar cobrando esses desmandos na saúde do Tocantins e, se não resolver, vamos acionar a rede nacional. Vamos colocar no jornal da Band. Aqui podemos entrar ao vivo com o Datena”, afirmou.

Outras denúncias
Além desse vídeo, nas últimas semanas o programa recebeu outras denúncias sobre precariedade na saúde dentro do maior hospital da região norte do Tocantins e, de igual modo, as reclamações não tiveram respostas coerentes por parte da SES.

No dia 16 de junho, um vídeo que também chegou com exclusividade ao programa, mostrou um paciente internado do setor de neurologia agonizando minutos antes de morrer enquanto o médico dormia.

As imagens mostraram duas enfermeiras conversando. Uma delas reclamava do profissional dormindo depois de vários plantões, inclusive em outros hospitais, enquanto um paciente dava seus últimos suspiros no setor de neurologia.

Embora as imagens mostrassem o local em que o paciente se encontrava agonizando, para essa denúncia, por meio de nota, a SES informou que a unidade hospitalar precisava do nome do paciente mencionado para se manifestar a respeito.

No dia 22 do mesmo mês, outro vídeo mostra um acompanhante fazendo massagem cardíaca em um paciente em razão de não ter nenhum profissional da saúde na sala no momento. O paciente veio a óbito uma vez que, quem fez a manobra de reanimação que garante o retorno dos sinais vitais, não foi um profissional da saúde.

Sem titubear a Secretaria de Estado da Saúde (SES) voltou a afirmar que o vídeo também era uma Fake News.

Craniótomo
Ainda no dia 22, por volta das 21 horas, o paciente identificado como José Dalmir Vieira faleceu no HRA. Ele ficou internado na unidade de saúde por 46 dias. De acordo com um amigo da família, Vieira foi internado na unidade de saúde dia 5 de maio quando foi diagnosticado com um tumor na cabeça e precisava se submeter a uma cirurgia.

Para que o procedimento cirúrgico fosse realizado era necessário o equipamento chamado craniótomo, que retira a calota craniana; contudo, o hospital de referência no Tocantins não o tinha. No dia 29 ele se submeteu à cirurgia. “Foram 24 dias de espera. A demora para ser atendido agravou o estado de saúde dele. Depois da cirurgia, ele entrou em coma”, lamentou o amigo.

Para esse óbito, a SES informou que, no momento, o equipamento craniótomo do HRA estava aguardando reparos. Para assistência de pacientes com indicação cirúrgica que necessitem do equipamento é realizado um prévio agendamento e, por meio de empréstimo pelo Hospital Geral de Palmas (HGP), tais cirurgias são realizadas no HRA.

Indignado com as respostas mais incoerentes, Magalhães ressaltou que não adianta maquiagem. “Vamos mostrar a realidade. Não adianta ficar me ligando, me pressionando ou me ameaçando. Eu não tenho medo, não. Sabe por quê? Porque essa televisão aqui também tem cobertura dAquele que criou o céu e a terra. Nós não temos medo de cara feia, não”, enfatizou o apresentador.
(Por Raimunda Costa)

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