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Produzida pela Moderna, primeira vacina contra o coronavírus mostra resultado promissor

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A primeira vacina contra o coronavírus a ser testada em pessoas parece ser segura e capaz de estimular uma resposta imune contra o vírus, anunciou nesta segunda-feira, 18, o fabricante Moderna. Os resultados são baseados nas oito primeiras pessoas que receberam duas doses da vacina experimental, a partir de março.

Essas pessoas, voluntários saudáveis com idades entre 18 e 55 anos, produziram anticorpos que foram testados em células infectadas no laboratório e foram capazes de impedir a replicação do vírus – o principal requisito para uma vacina eficaz. Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes corresponderam ou excederam os níveis encontrados em pacientes que se recuperaram após contrair o vírus na comunidade.

Embora encorajadores, os resultados não provam que a vacina funcione. Apenas estudos maiores e mais longos podem determinar se realmente pode impedir que pessoas no mundo real fiquem doentes. A tecnologia da Moderna, envolvendo material genético do vírus chamado mRNA, é relativamente nova e ainda não produziu nenhuma vacina aprovada.

Os primeiros resultados de um punhado de sujeitos de teste podem não parecer muito para acontecer, mas o mundo está desesperado por boas notícias. Com o vírus altamente contagioso desafiando a maioria dos esforços para controlar sua disseminação, as vacinas são vistas como a melhor e talvez única esperança de interromper ou até mesmo retardar uma pandemia que adoeceu quase 5 milhões de pessoas em todo o mundo, matou 315.000 e trancou países inteiros, paralisando suas economias.

Moderna produziu a vacina em colaboração com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, o instituto liderado pelo Dr. Anthony Fauci, que lidera os ensaios clínicos. Esse instituto, parte dos Institutos Nacionais de Saúde federais, também está envolvido na pesquisa de outras vacinas experimentais contra o coronavírus.

As notícias ajudaram a impulsionar Wall Street, mobilizando os mercados. Nos últimos meses, as ações da Moderna dispararam ao buscar uma vacina e subiram mais de 25% no meio da tarde desta segunda-feira.

Dezenas de outras empresas e universidades também estão correndo para criar vacinas contra o coronavírus, e várias também começaram a testar seus candidatos em seres humanos, incluindo a Pfizer e seu parceiro alemão BioNTech, a empresa chinesa CanSino e a Universidade de Oxford, trabalhando com a AstraZeneca.

Os especialistas concordam que é essencial o desenvolvimento de várias vacinas, porque a necessidade global urgente de bilhões de doses ultrapassará em muito a capacidade de produção de qualquer fabricante.

Ao mesmo tempo, existe uma preocupação generalizada de que a pressa possa comprometer a segurança, resultando em uma vacina que não funciona ou até prejudica os pacientes. As vacinas geralmente levam anos, às vezes uma década ou mais, para chegar ao mercado. Uma parte significativa desse tempo é ocupada por grandes ensaios em milhares de indivíduos, esperando para ver se a vacina previne a infecção e certificando-se de que não agrava a doença – um efeito conhecido, embora incomum, chamado aprimoramento da doença.

A fase inicial de testes da Moderna, fase 1, continua. Mais duas faixas etárias, de 55 a 70 e 71 anos ou mais, estão agora sendo inscritas para testar a vacina.
(Com informações do jornal The New York Times)

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