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Advogado diz que está confiante que Eduardo Pereira será absolvido
O empresário Eduardo Augusto Pereira Rodrigues, conhecido como Duda Pereira, foi ouvido no processo criminal que responde por suspeita de encomendar a morte de Wenceslau Gomes Leobas, em 2016, em Porto Nacional. Em 2018, um dos executores foi julgado e condenado a 16 anos de prisão. O outro acusado teve a pena extinta porque morreu antes do julgamento.
O interrogatório de Duda Pereira, que durou 1h30, aconteceu na tarde de quinta-feira, 27, no fórum de Porto Nacional. Agora será aberto prazo para defesa e acusação fazerem as alegações finais. Depois, o juiz criminal decidirá se o empresário será levado a júri popular.
Paulo Roberto da Silva, advogado do empresário, conversou com a reportagem do Portal Araguaína Urgente e disse que está confiante no Poder Judiciário tocantinense.
“Estamos esperançosos que Duda Pereira será absolvido. Esse processo trouxe a ele e sua família um sofrimento terrível. O Duda é um cidadão conhecido, honrado e que nasceu nas barrancas do Rio Tocantins, na cidade de Porto Nacional, onde se criou e fez carreira como empresário exemplar. A sociedade sabe que Duda Pereira é um homem decente, bom chefe de família e empresário que gera inúmeros empregos e renda para o nosso Estado”, ressaltou.
Silva enfatizou que “se existir justiça, o MPE terá que pedir absolvição de Eduardo porque não tem nenhum indício ou prova de sua participação nesse crime. Não existe nada que possa levar a uma condenação”.
Ele contou que, em razão da acusação que recai contra o seu cliente, o estado de saúde de seu pai se agravou. “O senhor Batista está doente. Ele está tratando de um câncer em São Paulo e seu estado de saúde agravou em razão dessa acusação absurda. O mesmo se pode dizer de Dona Marilene que está triste e muito enferma”, disse.
Processo à parte
O advogado fez questão de enfatizar que o Ministério Público do Estado (MPE) entrou com um processo para apurar o possível crime de cartel praticado em Palmas por pessoas ligadas ao Sindiposto e contra Duda Pereira que é acusado no processo.
“O próprio MPE teve que pedir absolvição de Duda Pereira porque restou provado que realmente nunca existiu cartel e nem alinhamento de preço de combustível praticado pelo Sindiposto em Palmas ou em Porto Nacional”, disse.
Perícias
Silva lembrou que foram feitas perícias em celulares e WhatsAap, escutas telefônicas, quebras de sigilo fiscal, bancários, da vítima e dos acusados. “Tudo como forma de buscar a verdade e nada restou provado contra meu cliente; pelo contrário, provou exatamente que ele não tem nada a ver com esse crime”, afirmou.
Ele relatou ainda que foram ouvidas inúmeras testemunhas de acusação e defesa. “Onde ficou claro a não confirmação da denúncia feita pelo MPE. O delegado encarregado das investigações foi ouvido pelo juiz e disse que indiciou o Eduardo pela morte de Wenceslau Leobas, exclusivamente, por pressão da família dele. Ele disse ainda que relatou o inquérito policial em desfavor de Eduardo, sem prova ou indícios da participação do mesmo. Eu, depois da instrução criminal, posso afirmar, sem medo de errar, que não tem prova ou indícios contra o Duda, tudo foi com base no disse-me-disse”, asseverou.
Indiciamento do empresário
O advogado voltou a afirmar que o indiciamento do empresário foi feito única e exclusivamente por pressão da família de Wenceslau. “O senhor Wenceslau era uma pessoa que tinha contra si inquéritos que apuravam morte de Aguinaldo e o pai. Testemunhas ouvidas e documentação juntada pela defesa apontou no mínimo dois homicídios supostamente praticados por Wenceslau em Porto Nacional e que não foram apurados e aguardam o fim das investigações”, disse.
Silva disse achar estranho o inquérito policial, para acusar Duda, ser concluído muito rápido. “Mas o que apura possível envolvimento da vítima se arrasta a anos sem solução, embora tenha indícios suficientes de que as pessoas dos mandatários desses crimes imputados à vítima guardaram moto, armas e mochilas que foram utilizadas dentro do escritório que funcionava no posto do senhor Wenceslau”, contou.
(Por: Raimunda Costa)