Uma semana após denúncia, Gardênia Pereira Gonçalves, procurou o Portal Araguaína Urgente e afirmou que ainda não recebeu o laudo conclusivo do Instituto Médico Legal (IML), apontando a causa da morte da filha, Karyne Gonçalves Ramos, de 1 ano e 11 meses.
No dia 7 deste mês, ela denunciou à equipe de reportagem a suposta negligência médica na Unidade de Pronto Atendimento de Araguaína (UPA 24 horas) que teria provocado a morte da pequena tocantinense.
“Estou muito apreensiva para ter logo esse resultado, pois somente com ele, terei condições de dar entrada na justiça cobrando o mau atendimento na UPA. É muita demora. Quero justiça para que outras mães não sintam a mesma dor que estou passando”, disse a mãe.
Entenda o caso Na época da denúncia, Gardênia contou que no dia 16 de setembro, vomitando muito e com febre, Karyne deu entrada na UPA, onde foi atendida e medicada com dipirona na veia e tomou soro.
Ainda na unidade de saúde, a criança foi submetida a um exame de sangue onde foi apontado uma alteração. Contudo, segundo a mãe, a médica teria dito que Karyne tinha apenas uma infecção de garganta, que não iria passar antibiótico, que não era nada grave e lhe deu alta.
Conforme a mãe, o estado de saúde da criança piorou. “No mesmo dia, eu voltei com minha filha para UPA e, no dia seguinte (17 de setembro), ela começou a vomitar sangue vivo e, em seguida, um sangue preto”, contou.
Gardênia contou que ficou desesperada com o estado da filha. “Eu gritei dizendo que ia chamar a televisão e a polícia, caso ela (a médica) não transferisse a minha filha para o hospital municipal. Foi quando ela ficou com medo e providenciou a transferência. Minha filha teve várias paradas cardíacas dentro da ambulância e chegou no hospital municipal em estado grave, onde veio a óbito”, relatou a mãe.
Na época da entrevista, Gardênia também pediu justiça. “Quero que a justiça acorde para os pobres. Os médicos não fazem questão quando uma pessoa procura a UPA. Para eles somos iguais a cachorro. Eles não nos tratam com amor e respeito. Eles não fazem nada pelo ser humano na UPA”, criticou.
