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Com base em delações, Polícia Federal deflagra operação para investigar lavagem de dinheiro na Ápia

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã terça-feira, 30, a Operação Rumple que é um desdobramento da operação Apia, que apurou desvios de mais de R$ 200 milhões em obras de infraestrutura no Tocantins. Nesta nova fase são investigados pagamentos de propina e lavagem de dinheiro.

São cerca de 30 policiais federais cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal do Tocantins. A maioria das ações está concentrada no Distrito Federal.

De acordo com a PF, o objetivo dessa nova fase é validar declarações prestadas em delações premiadas durante as investigações da Operação Ápia.

Ainda conforme a corporação, a investigação apura o pagamento de vantagens indevidas para garantir o direcionamento de contratos e o desvio de recursos destinados a obras públicas no Estado. O principal alvo é o núcleo apontado como responsável pelo processo de lavagem do dinheiro das propinas.

Os investigados supostamente simulavam a origem e destinação do dinheiro através de sucessivas operações financeiras e empresas que seriam de fachada. O valor dos pagamentos investigados nesta investigação ultrapassa R$ 10 milhões.

Com estes novos mandados a polícia informou que busca coibir a continuidade das ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, além de identificar e recuperar verbas frutos dos desvios. Os investigados poderão responder por corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Operação Ápia
A maior investigação realizada no Tocantins pela Polícia Federal teve seis fases com 90 investigados e cerca de 500 indiciamentos. Mais de 2 mil documentos foram apreendidos e analisados. Mais de 40 pessoas tiveram bens bloqueados num total de R$ 431 milhões, como casas, apartamentos, fazendas e carros, entre outros.

A Ápia teve como foco contratos de empréstimos do governo do Tocantins feitos entre 2012 e 2014, que somam R$ 1,2 bilhão para 12 obras de pavimentação no interior do Estado. A Polícia Federal apurou que o desvio aconteceu no momento em que o Estado pagou indevidamente as empreiteiras por serviços não realizados.

Fases da operação
O ex-governador Sandoval Cardoso, preso durante a primeira fase, foi solto dias depois após um Habeas Corpus do Tribunal Regional Federal e o pagamento de R$ 50 mil de fiança.

A segunda fase ocorreu em outubro de 2016 e envolveu os sócios da construtora Rio Tocantins. A terceira fase, foi em fevereiro de 2017, quando quatro pessoas foram presas. Entre elas, empresários suspeitos de serem laranjas de políticos.

A quarta fase foi em abril do ano passado e envolveu o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, que teve mandado de condução coercitiva decretado.

A quinta fase deu origem a outra operação chamada Convergência, que envolvem a família do governador Marcelo Miranda e do procurador-geral de justiça Clenan Renaul.
O chefe do MPE é suspeito de beneficiar empreiteiros e os filhos dele, que segundo a Polícia Federal teriam recebido propina por meio de um contrato fictício com um escritório de advocacia.

Em dezembro de 2017, a PF deu início a 6ª fase da Ápia para apurar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados por empreiteiras. Entre os alvos estavam deputados federais Dulce Miranda (PMDB) e Carlos Gaguim (PODE).

Operação Rumple
São cerca de 30 policiais federais cumprindo na manhã desta terça-feira, 30, os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal do Tocantins. A maioria das ações está concentrada no Distrito Federal.
(Com informações do G1 Tocantins)

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