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Durante manifesto, família diz que “não vale a pena ser honesto, trabalhador e humano neste País”

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A manifestação realizada na sexta-feira, 30, na BR-153, com o objetivo de cobrar a elucidação do assassinato do ex-prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés da Sercon, superou as expectativas. A avaliação foi feita por Fidel Costa, irmão do ex-gestor municipal.

“Foi excelente. Teve momentos de orações e discursos das autoridades e familiares antes do encerramento total da rodovia. O trânsito foi fechado aproximadamente 20 minutos. Motoristas que trafegavam nas duas pistas abriram os vidros veículos, receberam os panfletos e acenaram em apoio a causa. Foram formados quilômetros de fila e em nenhum momento houve reclamações pela espera. Após esse momentos, os manifestantes seguiram até o local do crime para mais orações conduzidas por líderes católicos e evangélicos”, contou.

O início da concentração ocorreu às 8 horas entre os municípios de Miranorte e Rio dos Bois, no Posto Tupi, com entrega de panfletos e às 9 horas foi fechada a rodovia.

Segundo Fidel, não houve nenhum acidente, nem incidente e que o manifesto contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar próximo ao local onde Moisés foi achado morto. “Foi uma manifestação pacífica e essas duas polícias foram muito profissionais. Quem tem Deus na frente e o povo ao lado, nunca estará sozinho”, disse Fidel.

A viúva Camila Fernandes, que participou do manifesto, disse que o sentimento é igual ao do dia que o marido foi assassinado. “O sentimento é igual ao dia em que perdemos o Moisés. Essa dor não passa. Nada vai trazê-lo de volta, mas não vamos cansar de buscar pela resposta”, prometeu muito emocionada.

Abaixo-assinado
Um dos momentos do protesto foi um abaixo-assinado que será protocolado junto ao Ministério da Justiça para pedir a elucidação do crime e também intervenção na segurança pública do Tocantins.

“Essas assinaturas serão colhidas nos 139 municípios tocantinenses. Prefeitos, líderes religiosos e associações se comprometeram com a causa. A sensação que temos é que não vale a pena ser honesto, trabalhador e humano neste País. A desumanidade é crescente a olhos vistos”, ressaltou.

Investigadores
A família informou que já contratou detetives renomados de outros estados para que o crime seja elucidado. “Eles não são do Tocantins para que não ocorra influência política e nem de corporação. Eles estão trabalhando desde julho”, contou Fidel.

Presenças
De acordo com Fidel, a manifestação contou a presença dos deputados estaduais Rerisson Macedo (PPS), Nilton Franco (MDB), Valdemar Júnior (MDB), do secretário extraordinário de Assuntos Parlamentares, Ivory de Lira (PCdoB), do presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Jairo Mariano, além de outros gestores municipais e vereadores de diversos municípios.

“É melhor o(s) mandante(s) e assassino(s) do Moisés, se apresentarem com um advogado na Justiça. Não esperem a polícia bater às seis horas da manhã na porta de suas casas. Porque vai ser bem pior para eles. Não brinquem com serviço de inteligência da polícia. Não existe crime perfeito e lugar de bandido é na cadeia”, disse o deputado delegado Rerisson Macêdo.

Na oportunidade, o delegado se comprometeu em ajudar elucidar no caso. “Vou me debruçar neste caso ajudando os delegados, eles trabalharam comigo em Araguaína, são profissionais de boa índole. Mesmo não estando como delegado e sim como deputado. Me chamou a atenção este caso, a família e a população merecem uma resposta. O Tocantins clama para ver este caso resolvido e os bandidos na cadeia”, prometeu.

Entenda o caso
Moisés da Sercon foi assassinado dia 30 de agosto de 2018. O corpo do ex-prefeito foi encontrado dentro da própria caminhonete em uma estrada vicinal que liga Miranorte a Rio dos Bois.

Ao lado do corpo do, então, prefeito mais bem votado no Estado e no Brasil, proporcionalmente, com 84,62% dos votos válidos, foi encontrado um revólver calibre 38, com numeração raspada e apresentando um tiro no ouvido.

A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar o crime, mas até o momento o crime não foi esclarecido.

(Por: Raimunda Costa)

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