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Jovem diz para policial que não era bandido, pede para não ser baleado, mas morre com um tiro de fuzil

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A família de Marcos Matheus Andrade de Melo, de 20 anos, que foi morto após ser baleado durante uma operação policial está revoltada e abalada com o assassinato do jovem, que teria sido confundido com criminosos que estavam sendo perseguidos por policiais. O crime aconteceu no bairro Jardim São Cristóvão, em São Luís (MA).

De acordo com a familiares, Marcos Matheus chegou a suspender os braços e pedir para não ser baleado. Amigos da vítima afirmam que o jovem também disse aos policiais que não era criminoso, mas, mesmo assim, foi alvejado na porta da residência onde vivia por um tiro de fuzil.

“Ele falou para a polícia que não era bandido e foi alvejado por um tiro de fuzil. Ele clamou muito para não morrer, ele pediu muito para o pai dele: ‘Pai, por favor me socorre. Não me deixa morrer. Diz para minha mãe que eu não sou ladrão’. Ele é um menino de bem, da nossa comunidade, que nós vimos nascer, crescer, sempre praticou coisas boas, não tem passagem pela polícia. É um menino do bem e para qualquer pessoa que você perguntar aqui no nosso bairro, você terá informações sobre ele, que ele era um menino do bem”, disse Adriana Miranda, amiga da família.

Durante o velório da vítima, realizado nessa quarta-feira, 29, parentes e amigos fizeram um protesto com cartazes pedindo a punição do militar que teria atirado em Marcos Matheus. A mãe do jovem, Ana Cláudia Andrade, está inconformada com a morte do filho e pede justiça para o caso. Marcos Matheus foi enterrado no fim da manhã dessa quarta.

Investigação

O caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP). O policial suspeito de ter atirado na vítima já foi identificado e deve prestar depoimento ainda nesta semana. Testemunhas também já foram ouvidas e o inquérito deve ser concluído em até 30 dias.

Segundo o delegado Lúcio Reis, a vítima não tinha passagem pela polícia e não há indícios de que ele tinha ligação com a operação policial, que começou no bairro do Anil e terminou com a morte do jovem.

“Agora a gente vai comunicar o comando-geral sobre o inquérito policial, pedir a apresentação dos policiais que foram identificados que estavam na ocorrência bem como o armamento, solicitar o armamento que foi apreendido com os assaltantes que foram autuados em flagrante naquela noite, para que também seja feito junto ao ICRIM a comparação balística, para que se possa deduzir o que aconteceu”, explicou o delegado Lúcio Reis.

A Polícia Militar do Maranhão (PM/MA) não se manifestou sobre o caso.

(Com informações do G1 Maranhão)

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