Todo início de ano repete-se um ritual: estudantes de todas as idades, séries e níveis de ensino retornam às aulas. Desde o início da vida escolar, essa época do ano proporciona o retorno às aulas, a novidade se repete anualmente. E não é uma expectativa só das crianças, mas também de adolescentes e adultos. Ninguém, sendo estudante, fica imune a esse momento.
Nas primeiras séries, as crianças se empolgam, querem materiais escolares novos, uniformes novos, mochilas, tudo novo. Os pais, por sua vez, precisam equilibrar o momento entre a necessidade de manter os gastos em nível adequado e a vontade de atender os desejos dos filhos. Do lápis à lancheira, eles querem seus materiais de acordo com temas ou o que a propaganda na mídia mostra. Quanto menor a criança e a escola em que ela for estudar, possivelmente mais gastos ocorrerão nesse período.
Já na adolescência, a volta às aulas segue mais ou menos o mesmo ritmo de quando se é criança. Com a diferença que os materiais já não são mais os mesmos. Eles agora querem marcas, novos modelos, alguns ditos “descolados” e entra em cena um novo comportamento: concorrem entre eles para saber quem começa o ano letivo com materiais mais na moda. Adolescentes, nessa época, não desejam mais que os pais os levem até à porta de suas salas de aula, esse gesto, comum antes, agora é considerado “mico” por esses jovens.
Na fase adulta, esse período de volta às aulas entra na sua última fase. Quase não se usa mais materiais escolares, no máximo uma mochila e um caderno, além de canetas.
Por: Raylinn Barros da Silva – Doutorando e Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – Professor de História da Rede Estadual de Ensino do Tocantins
